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Celebração contou com a participação de representantes de cinco religiões
Publicado em 15 de setembro de 2019 às 19:29
- Atualizado há um ano
Autoridades religiosas e representantes de pelo menos cinco religiões participaram de um ato ecumênico no terreiro Ilé Axé Oxumarê, na Federação, na tarde deste domingo (15). A celebração foi um ato em defesa da Amazônia e contra a intolerância religiosa. Essa foi a primeira vez que a casa recebeu uma ação desse tipo, e a proposta é que novos encontros sejam realizados em outros templos com o mesmo objetivo. Ato aconteceu no terreiro, na Federação (Foto: Gil Santos/ CORREIO) O babalorixá da Casa de Oxumarê, Babá Pecê, foi quem deu início à celebração, com uma benção. Ele afirmou que a preservação dos biomas sempre foi uma bandeira do terreiro, e que há dois anos se reuniu com ambientalistas para discutir as questões que envolvem o tema.
“A gente já tinha a preocupação com a preservação do meio ambiente, porque a gente sempre procura os locais com a natureza viva para estar louvando e buscando essa energia. Desses encontros com os ambientalistas surgiu a ideia de fortalecer a causa com a ajuda de outros seguimentos religiosos”, contou.
O ato ecumênico foi conduzido pelo teólogo, sociólogo e pastor evangélico Djalma Torres. Ele destacou a importância de respeitar a fé alheia e contou que enfrenta críticas de alguns irmãos protestantes pela proximidade com as pessoas de outros credos, mas que acredita na causa. “O respeito é o mais importante, acima de tudo. Esse deve ser o primeiro encontro de muitos”, contou.
Depois da benção, os representantes de cada religião disseram algumas palavras em defesa do meio ambiente e em favor da tolerância e do respeito entre religiosos, e também ateus. Cânticos e oração alegraram o ambiente e, antes da benção final, o público teve espaço para fazer algumas considerações. Religiosos destacaram a importância do respeito ao próximo (Foto: Gil Santos/ CORREIO) Representantes do judaísmo, do islamismo, do xamanismo, das religiões indígenas e de outras vertentes do candomblé, como Jeje, marcaram presença. Professores, ambientalistas, antropólogos, e políticos assistiram à celebração. O cônsul do França em Salvador, Mamadou Gaye, pediu mais empenho na preservação das florestas.
“Fazemos parte de um ecossistema. A palavra meio ambiente faz achar que estamos no meio e rodeado pelos outros elementos, mas somos um elemento dentro de um conjunto. Então, cuidar do meio ambiente é cuidar do próximo e é cuidar de todos nós”, disse. Cônsul da França pediu engajamento na proteção das florestas (Foto: Gil Santos/ CORREIO) O ato terminou com bênçãos dos representantes de cada religião, e com a distribuição de comidas e bebidas típicas do candomblé. O novo encontro ainda não tem data marcada.