Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2021 às 11:12
- Atualizado há 2 anos
Um paciente morreu ao ser levado à força para uma clínica de recuperação para dependentes químicos em Votuporanga (SP). O caso foi na sexta-feira (7) e, segundo o Uol, três funcionários foram presos por homicídio.>
A investigação aponta que os três usaram força excessiva para conter Paulo César Basso, de 30 anos. Durante o procedimento, Paulo foi contido com um "mata-leão". >
Paulo César morava em Guapiaçu, cidade vizinha a onde fica a clínica. O internamento seria feito a pedido de familiares, de maneira compulsória. Em depoimento, os funcionários contaram que Paulo estava alterado e não quis ir para a clínica. Ele teve pés e mãos amarrados, além de sofrer o mata-leão. (Foto: Reprodução) Já desacordado, ele foi colocado em um carro e levado para Votuporanga. Só ao chegar lá que a equipe médica da clínica constatou que Paulo não estava bem. Ele foi levado para a Santa Casa da cidade, mas já chegou morto.>
Uma parente disse ao Uol que a família quer entender o que aconteceu e quer justiça. "Ele não era violento. O Paulo ficava isolado quando usava (drogas). Inclusive, ele ajudava muito todo mundo e fazia tudo o que estava ao alcance dele", afirma.>
Ele já tinha sido internado antes, mas por vontade própria, depois de conversas com o pai. Depois da recuperaço, Paulo chegou a trabalhar como segurança, mas acabou tendo recaída. >
Medicação Os funcionários alegam que o paciente estava alterado e que chegou a ser medicado por um familiar. O advogado que os representa afirma que ainda não há laudo apontando causa da morte. >
Eles contam também que notaram quando Paulo passou mal no meio do trajeto e foram direto para Santa Casa, ao contrário do que afirma a polícia. "São cinco clínicas desde 1988, e cada uma tem 70 pessoas. Infelizmente houve essa fatalidade. A grande questão é que fica parecendo que mandaram matar ele. A própria família contratou a clínica e acabou acontecendo", disse ao Uol o advogado Murilo Ferreira.>