Para Carlos Pazetto, futuro do mercado de luxo brasileiro é promissor

Em conversa com Joca Guanaes, empresário lembrou o primeiro desfile de Gisele Bündchen em São Paulo

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Publicado em 10 de maio de 2021 às 21:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: reprodução Instagram

O empresário Carlos Pazetto, diretor da Pazetto Events Consulting, conversou com Joca Guanaes nesta segunda-feira, 10, sobre o mercado de produção de eventos para o setor de luxo, que é sua especialidade. O bate-papo aconteceu Segundou, no Instagram do CORREIO. Pazetto já produziu mais de 800 desfiles para a moda de luxo, além de festas como o Baile da Vogue. O Camarote Salvador, espaço luxuoso do Carnaval baiano, também teve sua produção em 2020. Louis Vuitton e Cartier também estão entre seus clientes.

"Há trabalhos de nosso coração. Tive um Carnaval impressionate. Sou apaixonado pelo Camarote Salvador, muito gostoso, muito legal de fazer. Tenho relação muito íntima com a Bahia. Já fiz Daniela Mercury três anos, fiz Iguatemi na obra de expansão", lembrou o produtor, que é também publicitário de formação.

O cenário do mercado de luxo após a pandemia também foi assunto da conversa. Para o empresário, as pessoas, nesse período, passaram por transformações que ficarão para sempre. "Até agora, olhamos para isso com desconfiança. Com tristeza, melancolia e romantismo. [As pessoas dizem] 'Ah, meu Deus, como era bom' ou 'Ah, eu gostava tanto...'. Mas isso precisa ser substituído por 'Ah, como tem que ser bom' ou 'Ai, como quero me emocionar'". Para ele, há novos processos tecnológicos que podem ajudar a relação entre três elementos: cliente, produto e evento. A preocupação com segurança e proteção também foram destacadas. "No mercado de luxo, o cliente tem que sair de casa e se sentir seguro", disse Pazetto.

Para ele, o Brasil é um potente mercado. Como prova disso, citou o caso da exposição do designer de moda Karl Lagerfeld, que foi realizada em 2013, em São Paulo, a Oca do Ibirapuera. "A exposição teve no Brasil a segunda maior visitação do mundo. Passou por 26 cidades no mundo e só perdeu para Londres. Nosso papel é entender o que funciona e o que não funciona aqui".

Pazetto destacou momentos marcantes de seus 21 anos de atuação, incluindo um que teve a participação da gaúcha Gisele Bündchen, que se tornaria mais tarde uma estrela internacional. Dirigi o primeiro desfile dela em São Paulo. Na prova de roupa, já decidi que ela ia abrir o desfile, de tão encantado que fiquei por ela. No casting, pedi pra ela andar e ela disse que andava de um jeito diferente. Andou e eu disse: 'Você abre o desfile amanhã. Você é incrível!".

Veja a entrevista na íntegra no Instagram do CORREIO. Na próxima semana, Joca conversa com Divaldo Franco.