Parentes de velejadores baianos são detidos em Cabo Verde

O presidente MichelTemer pediu atenção para caso durante evento no país

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2018 às 22:31

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O presidente Michel Temer (PMDB) pediu ontem ao líder cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, mais atenção para o caso dos velejadores brasileiros presos no país. Os dois tiveram um encontro reservado em Cabo Verde, pouco antes da abertura da cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), informou o jornal Folha de S.Paulo.

Em um processo controverso, a Justiça de Cabo Verde condenou três velejadores brasileiros, dois deles baianos -  Daniel Dantas, Rodrigo Dantas e Daniel Guerra - a dez anos de prisão por tráfico de drogas. Durante o julgamento, as autoridades africanas não consideraram a avaliação da Polícia Federal brasileira, que indica fragilidades na acusação contra os rapazes.

“Eu dei uma palavra [com o presidente de Cabo Verde] sobre os brasileiros que estão detidos aqui. Claro, com todas as cautelas diplomáticas, para dizer que esta é uma questão que diz respeito ao Estado cabo-verdiano”, disse Michel Temer ao jornal brasileiro. Temer participou da 12ª Cúpula da CPLP na Ilha do Sal, em Cabo Verde (Foto: Alan Santos/PR) Na semana passada, o Brasil não conseguiu, por causa da burocracia, entregar a tempo ao governo de Cabo Verde a documentação necessária para que os velejadores brasileiros pudessem ser libertados e aguardassem em liberdade o julgamento dos recursos.

Nesta terça-feira (17), no país africano, quatro parentes dos velejadores Rodrigo e Daniel Dantas foram detidos pela polícia local. De acordo com informações do tio de um dos velejadores, Alex Coelho, os familiares estavam indo dar uma entrevista na Ilha de Sal, também em Cabo Verde, no momento em que foram abordados por duas viaturas.

“Todos estavam vestidos com camisas que tinham a bandeira do Brasil e pediam a liberdade dos meninos. Minha irmã, Daiana Dantas, foi obrigada a entrar em uma viatura, com quatro homens. Só na delegacia, eles conseguiram explicar que não iriam protestar”, informou Alex ao CORREIO. Todos foram liberados e esperam falar ainda nesta quarta-feira (18) com o presidente Temer, no país africano.