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Parque eólico em Campo Formoso que vai fornecer energia para Braskem entra em operação


 

  • Donaldson Gomes

Publicado em 07/05/2021 às 05:00:00
Atualizado em 22/04/2023 às 05:56:06
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Âncora sustentável A Braskem está dando um importante passo rumo a uma atuação ainda mais sustentável. O parque de energia eólica que vai fornecer energia renovável para a empresa pelos próximos 20 anos entrou em operação nesta semana. A EDF Renewables iniciou a operação do  Complexo Eólico Folha Larga Norte, situado em Campo Formoso (BA), que suprirá demanda energética da petroquímica baiana. Com um investimento total de R$ 1,5 bilhão e 344 megawatts (MW) de capacidade instalada, Folha Larga Norte fornecerá energia renovável suficiente para abastecer 850 mil lares – quase uma cidade como Salvador.  A construção do parque eólico contou com um plano de contratação e capacitação de mão de obra local. No pico de obras, o empreendimento chegou a ter mais de 800 pessoas, sendo 67% da região. Complexo Eólico Folha Larga Norte, em Campo Formoso (Foto: EDF Renewables/Divulgação) Acordo Folha Larga Norte foi viabilizado pela contratação de venda de energia nos leilões do governo ACR A-4/2018 e ACR A-6/2018, e no mercado livre pela celebração do compromisso com a Braskem como consumidor âncora, além de outros agentes. Pelo acordo, a maior petroquímica das Américas se comprometeu a comprar energia do projeto da EDF Renewables por 20 anos. "O contrato de compra e venda de energia com a Braskem demonstra nossa competitividade e nos posiciona como um importante player em energias renováveis no Brasil”, avalia o CEO da EDF Renewables no Brasil, Paulo Abranches. "Assumimos recentemente o compromisso de nos tornarmos carbono neutro até 2050 e a utilização de matrizes energéticas renováveis em nossa operação é parte essencial desse processo”, afirma Gustavo Checcucci, Diretor de Energia da Braskem. 

Presença forte Com Folha Larga Norte, a EDF Renewables possui 527 MW em projetos eólicos em operação. No Nordeste, a empresa conta ainda com a expansão do Parque Eólico Ventos da Bahia (182 MW), localizado a mais de 300 Km de Salvador (BA), e o Parque Eólico Serra do Seridó (242 MW) em Junco do Seridó (PA), ambos em construção. O Brasil representa uma praça estratégica à EDF Renewables. Estabelecida há seis anos no país, a empresa alcançou 1.3 GW de projetos de energia eólica e solar, em operação e em construção, na Bahia, em Minas Gerais e na Paraíba. 

Busca no mercado Dentro de um amplo projeto de iniciativas voltadas para geração distribuída de energia, a Tim  está recebendo propostas para adquirir usinas de fontes renováveis em todo o país. A operadora busca plantas de menor capacidade, mas que, combinadas, abastecerão aproximadamente 7 mil antenas e lojas em 11 Estados brasileiros, com volume total de 14GWh por mês. A Tim procura empresas que trabalham com as tecnologias solar, eólica, hidráulica e biomassa. A meta é ter 90% do seu consumo de energia proveniente de fontes renováveis até 2025. Atualmente, a operadora conta com 34 usinas de energia solar, hídrica e de biogás em operação. No novo processo de concorrência, a prioridade são empresas consolidadas no mercado de geração distribuída, e que já tenham projetos em tramitação nas concessionárias de energia. As novas usinas estarão conectadas a 18 distribuidoras.

Mercado pet A Mundo Pet investiu R$ 8,7 milhões em três novas lojas e um espaço de convivência para tutores e pets, em Salvador, gerando 74 vagas de trabalho. As novas unidades serão abertas na Pituba, próxima segunda-feira (10), Graça, dia 15, e no Salvador Shopping, ainda este mês. Além disso, a rede vai inaugurar o espaço de convivência Mundo Pet Play, no estacionamento da matriz, no Rio Vermelho. O diretor da rede Luís André Bastos ainda revela planos de expansão para outras capitais do Nordeste e Norte.  Com lojas em Pernambuco, Ceará e Paraíba, a rede vai continuar sua expansão em Fortaleza (CE), onde tem duas unidades, e vai abrir filiais em Natal (RN), Maceió (AL) e Belém (PA), ainda este ano. O mercado de animais de estimação foi um dos poucos que cresceu durante a pandemia do novo coronavírus, segundo projeções do Instituto Pet Brasil. No ano passado, o faturamento do segmento foi de $ 40,1 bilhões, um aumento de 13,5% em relação a 2019.

Lifehub A demanda crescente por qualidade de vida está fomentando a busca por um novo tipo de empreendimento. Nesta linha, o mercado imobiliário ganhou novo gás durante a pandemia, com a oferta dos chamados lifehub, unindo moradia, lazer, trabalho, saúde, cultura, educação, sustentabilidade e conectividade. Um exemplo é o Terraço Cabula, lançado nesta semana pela BRL Incorp, com um volume geral de vendas (VGV) estimado em R$ 70 milhões. É a mesma empresa que recentemente entregou o Palazzo Rio Vermelho. “Vemos uma forte retomada dos lançamentos em Salvador, como nos melhores momentos do mercado imobiliário”, afirma Domiciano Neves, CEO da Mais Gestão de Vendas, que coordenará a comercialização das unidades. 

Agro confiante Empresários do agronegócio estão confiantes em relação às colheitas dos próximos três anos, aponta a 24ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC (24th Annual Global CEO Survey), com uma análise especial para o setor. De acordo com a pesquisa, a perspectiva no longo prazo, para 77% dos respondentes, é bem mais sólida do que a média das demais atividades econômicas(67%). O índice de confiança na lucratividade do segmento para 2021 também é maior que a média nacional, sendo 53% ante 49%, respectivamente.  A pesquisa mostra que quase 50% dos participantes ampliaram o quadro de trabalhadores nos últimos 12 meses, enquanto, nos demais setores, o acréscimo foi de 31%. Além disso, 63% dos CEOs do agronegócio têm expectativa de realizar mais contratações no próximo ano, número similar aos demais empresários (62%). O levantamento ainda aponta que o foco na automação (40%), na qualificação e na reputação como empregador ético e socialmente responsável (33%) são as principais estratégias para aumentar a competitividade da organização. 

Ameaças De acordo com a CEO Survey, as ameaças que têm mais peso na agenda de gestão de riscos do agronegócio (além da pandemia) estão relacionadas à volatilidade cambial (67%), mudanças de comportamento do consumidor (60%), aumento das obrigações tributárias (57%) e mudanças climáticas (47%). O estudo também aponta que mais de 50% dos líderes do setor consideram os mercados da China e dos EUA como os mais importantes para o crescimento dos seus negócios.