Pedagoga Ka Menezes é a primeira convidada do QuantA ao vivo

A Escola que Conhecemos Ainda Existe? é o tema da conversa, que acontece segunda (8) no Instagram do CORREIO

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  • Flavia Azevedo

Publicado em 5 de março de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Ka Menezes com o filho Ian (Foto: divulgação) Desta vez, por respeito  à vida, em vez do teatro, o evento ocupa o espaço digital. Serão três conversas ao vivo, sobre três temas que nos interpelam, em tempos tão estranhos: educação, tecnologia e saúde mental. Para os nossos recortes, o olhar de competentes profissionais de cada área. O primeiro papo será com Ka Menezes. Juntas, vamos perguntar “a escola que conhecemos ainda existe?” e passear com o pensamento por alguns caminhos.

A parceira nessa conversa é mineira de Belo Horizonte, onde nasceu há 42 anos. Mudou para a Bahia há 12 anos, abaianou e, há 11, é mãe de Ian (na foto). Juntos, curtem música pop, rap, jogos digitais, e, às vezes, brigam para decidir de quem é a vez de jogar. Mas também há uma mesa de sinuca e jogos de tabuleiro na casa de mãe e filho conectados no digital e entre eles num rígido, porém tranquilo, isolamento a dois.

Pedagoga pela UFMG e professora da Faculdade de Educação da UFBA, conviveu com a Educação Indígena de jovens e adultos e já fez muito trabalho voluntário com pessoas em situação de vulnerabilidade social e emocional. Acredita em Paulo Freire quando ele diz que a vocação do ser humano é para ser sempre mais, nunca menos. Por isso, busca práticas educativas que promovam alegria e não sofrimento.

Ka tem doutorado e mestrado em Educação pela Faculdade de Educação da UFBA linha de pesquisa Currículo e (In) Formação. Atualmente, acompanha projetos relacionados a Tecnologias de Informação e Comunicação, nessa mesma faculdade. É especialista em Administração da Educação pela UNB e ganhadora do Prêmio Capes de Tese 2019 na área de Educação, com a tese Pirâmide da Pedagogia Hacker, vivências do (im)possível, sob orientação do colega e mestre Prof. Nelson Pretto.

É integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação e Linguagem (GELING) e do Núcleo Integrado de Estudos e Pesquisas em Infâncias e Educação Infantil (NEPESSI). Morou em Timor- Leste durante os anos de 2008 e 2009, trabalhando como professora formadora do Programa de Formação de Professores de Timor-Leste - PROFEP, projeto de cooperação internacional fomentado pela CAPES. Naquele país, desenvolveu projetos de produção de material bilíngue com base na história oral.

Foi assessora técnico-pedagógica dos programas Proformação e Proinfantil na SEED, Ministério da Educação, e nessa função, proferiu suas primeiras palestras e formações para mais de 300 pessoas. Tem experiência em formação de professores para atuação na educação a distância (EAD) e participou de uma missão na República Democrática de São Tomé e Príncipe/ África com esse objetivo. Atuou como tutora na Universidade Aberta do Brasil, pela UnB, depois pela UFBA, e percebeu que a Educação à Distância tem grande valor nesse país gigantesco, mas que precisa de políticas mais integradas e permanentes.

Coordenou o projeto social Ciclo do Livro e implantou a Biblioteca Canguru, projeto que levava a literatura infantil para regiões periféricas do Distrito Federal. Usuária e defensora do Software Livre, está com muita saudade de participar de eventos e encontros que tenham como base a defesa do conhecimento livre e aberto.

Ela é, também, integrante do Raul Hacker Club de Salvador Bahia, um coletivo de pessoas interessadas em tecnologias e se preocupa em esclarecer que hackers não são criminosos do mundo digital, mas pessoas que usam seus conhecimentos para resolver problemas de forma criativa. Idealizadora do Projeto Crianças Hackers, junto com o colega Cristiano Furtado, viu o trabalho acontecer colocando em prática princípios que poderiam nortear qualquer projeto educativo comprometido com a autonomia das pessoas: 1) A Curiosidade é nosso guia, 2) Todos cuidam de todos, 3) Crianças e adultos aprendem juntos, 4) Corpo alimentado para nutrir a mente.

Atualmente, está envolvida em um novo projeto, parceira entre UFBA e instituições do terceiro setor: conectar pessoas que querem ensinar, com crianças que precisam aprender. Junto com Carolina Síbio, do Instituto Caminhar, o Programa Nós não Estamos Sós! tem promovido o encontro entre Educadores Solidários e crianças de famílias vulneráveis durante o distanciamento social.

É com todo esse conhecimento que Ka vai tentar responder à pergunta “a escola que conhecemos ainda existe?” que abre um leque enorme de outras questões. Por exemplo, professores/as são uma espécie em extinção? Por que o ensino online tem ignorado as relações entre alunos/as? O que é escola, afinal? Quer ver? É às 21h e só dura uma hora. Venha e não se atrase, não.

Nessa segunda (8), às 21h, no @correio24horas, tem a estreia do QuantA ao Vivo 2021