'Pegarem ele no meio do caminho. Levaram tudo que tinha', afirma irmão de vigilante

Corpo de Wendell Carvalho Santos, de 38 anos, foi encontrado por policiais na BR-324 nos fundos da estação de metrô do bairro do Retiro

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  • Priscila Natividade

Publicado em 15 de dezembro de 2019 às 15:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Tiago Caldas/ CORREIO

Foi sepultado na manhã deste domingo (15), no Cemitério Campo Santo, o corpo do vigilante Wendell Carvalho Santos, 38 anos, encontrado no sábado, na BR-324. Apesar do primo da vítima, o operador de produção, André Mata de Carvalho ter afirmado que ele também era motorista de aplicativo, o irmão da vitima, Ivaldo Carvalho disse ao Correio, que Wendell trabalhava apenas como segurança em uma delicatessen. 

“Ele trabalhava só como segurança. Até tinha o adesivo no carro, mas não atuava como motorista não. A esposa dele comprou o carro há mais ou menos um ano, quando ele tirou a carteira. Já dirigia mais não tinha habilitação antes, por isso a carteira ainda era provisória. Pegarem ele no meio do caminho. Levaram tudo que tinha. A gente ainda não sabe muita coisa sobre o que aconteceu”, afirmou Ivaldo. 

Sobre o caso

O corpo de Wendell foi localizado por policiais militares da base comunitária de São Caetano no Acesso Norte, sentido Salvador-Feira de Santana, nos fundos da estação do metrô do Retiro.  Segundo um tio dele, que pediu para não ser identificado, Wendell morava no bairro do São Gonçalo do Retiro e era conhecido por todos como uma pessoa tranquila e bem família. 

“Ele tinha chegado mais cedo do trabalho nesse dia e saiu logo em seguida sem dizer para onde ia. Passou até por mim, me cumprimentou e entrou no carro. Era um cara nascido e criado aqui, muito amigo, família mesmo. De uma palavra só, com direção certa. Quando eu vi, a esposa dele estava lá na porta me pedindo para ir com ela na delegacia e ai acontece uma tragédia dessas”, acrescentou o tio. 

Uma prima de Wendell que também pediu para não ser identificada confirmou que Wendell saiu de casa e não avisou para onde ia. “Não disse nada a gente. Só recebemos depois a notícia”, lamentou. A Polícia Civil investiga a autoria e motivação do crime. Wendell era casado e, além da esposa, deixa uma filha de 12 anos.