Pelo 2º dia seguido, Bahia registra maior número de pacientes em UTIs para covid

Boletim também aponta maior número de mortes num dia desde 25 de agosto: 68

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  • Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2021 às 18:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Nara Gentil/Arquivo CORREIO

Pelo segundo dia consecutivo, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) registra o maior número de pacientes internados em UTIs Covid-19 desde o início da pandemia. São 868 pacientes adultos e pediátricos em estado grave ocupando leitos nas diversas regiões da Bahia.

O boletim epidemiológico deste sábado (20) também registra 68 mortes, o maior número desde 25 de agosto de 2020, quando foram contabilizados 70 óbitos. Apesar de terem ocorrido em diversas datas, a confirmação e registro das mortes foram realizadas hoje. As informações são da Sesab.

Toque de recolher Com o objetivo de eliminar as aglomerações noturnas, a Polícia Militar da Bahia garantiu desde ontem (19) o cumprimento do decreto do governador Rui Costa, que determina o toque de recolher em 343 cidades baianas por sete dias, de 22h às 5h. A determinação visa provocar uma redução da taxa de crescimento da Covid-19 no estado e seguirá em vigor até o dia 25 de fevereiro.

Nas redes sociais, Rui disse que “se a ocupação de leitos para Covid-19 chegar a 80%, nós vamos ampliar o horário do toque de recolher e restringir atividades de maior risco à disseminação da doença. Não queremos repetir cenas como as de outros estados e estamos trabalhando para conter a Covid-19”.

O governador afirmou ainda que já foram reabertos "praticamente todos os leitos para a Covid-19". "E estamos em processo de mobilização e contratação de uma organização social para reabertura de leitos na Fonte Nova, caso seja preciso. Mas nós não podemos abrir leitos infinitamente! Precisamos frear o avanço da doença. Nós estamos nos precavendo, nos antecipando e constantemente fazendo alertas à sociedade. Não é hora de sair de casa, se não for por necessidade. E se sair, use máscara! A vida humana está em primeiro lugar”, frizou.

As denúncias sobre aglomerações em espaços públicos ou privados serão fundamentais para facilitar o trabalho da polícia. Para isso, a população poderá utilizar os canais de comunicação oficiais através do 190, ou (71) 3235-0000 (para a capital) e no interior do estado por meio do 181. Lembrando que a denúncia é anônima e a viatura mais próxima é acionada para o local.

Boletim epidemiológico Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 4.100 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,6%) e 4.051 recuperados (+0,7%). Dos 651.484 casos confirmados desde o início da pandemia, 623.069 já são considerados recuperados e 17.287 encontram-se ativos.

O boletim epidemiológico contabiliza ainda 1.017.902casos descartados e 150.690 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste sábado (20). Na Bahia, 41.911 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.

Hoje foram registradas 68 mortes e o número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 11.128, representando uma letalidade de 1,71%. Dentre os óbitos, 56,61% ocorreram no sexo masculino e 43,39% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,14% corresponderam a parda, seguidos por branca com 20,35%, preta com 14,54%, amarela com 0,58%, indígena com 0,15% e não há informação em 9,24% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,52%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (74,41%)

A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.