Perfil da Indústria: Bahia aumenta sua importância na produção nacional

São Paulo e Rio de Janeiro perderam participação

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  • Do Estúdio

Publicado em 25 de maio de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação / Unipar

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em uma década, ocorreu uma importante desconcentração da indústria brasileira, com redução da participação da região Sudeste no PIB industrial e um aumento na participação das demais regiões geográficas: Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Nesse movimento, São Paulo perdeu 5,5 pontos percentuais de participação na produção manufatureira do Brasil, a maior queda entre os 26 estados e o Distrito Federal. O Rio Janeiro obteve o segundo pior desempenho, com recuo de 1,1 ponto percentual. O estudo compara os biênios 2007-2008 e 2017-2018.

De acordo com o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca, São Paulo continua sendo o principal parque industrial do País, mas a indústria brasileira tem migrado do Sudeste, que perdeu 7,5 pontos percentuais na indústria de transformação, principalmente para as regiões Sul e Nordeste, que aumentaram 3,2 pontos e 2,9 pontos respectivamente.

“Essa diversificação regional é um movimento positivo, porque observamos o desenvolvimento econômico de outros estados. A indústria usualmente paga os melhores salários e fermenta indústrias menores dentro da mesma cadeia produtiva e alavanca os outros setores, como o de serviços”, avalia.

Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional total, em razão do crescimento de sua indústria extrativa, sobretudo da extrativa mineral. Aumentou 1,5 ponto percentual. Junto com o Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, formam o grupo dos cinco estados de melhor desempenho. Além deles, a Bahia se destaca por ter sido o estado que mais ganhou importância na produção da indústria de transformação no período. Sua participação também aumentou em 1,5 pontos.

Conheça os principais movimentos regionaisSanta Catarina ultrapassou São Paulo no setor de Vestuário e acessórios, se tornando o maior estado produtor do Brasil; Bahia foi o que mais ganhou importância na produção da Indústria de Transformação brasileira entre os biênios 2007-2008 e 2017-2018. Teve esse ganho associado principalmente à conquista de uma maior parcela da produção brasileira de Máquinas e materiais elétricos, Borracha e material plástico, Bebidas e Produtos de minerais não metálicos, como cimento, tijolos e vidro; Pernambuco foi o segundo estado que mais ganhou importância na produção industrial. Aumentou em 1,3 ponto percentual a sua participação, por ter conquistado uma parcela maior da produção brasileira de Veículos automotores, Outros equipamentos de transporte, Derivados do petróleo e biocombustíveis e Produtos de metal. Paraná, com o terceiro maior ganho de participação na produção industrial brasileira na última década, se destaca com uma fatia adicional importante da produção nacional dos setores de Impressão e reprodução, Produtos de Madeira, Veículos automotores e Celulose e papel. Rio Grande do Sul, quarto estado com melhor desempenho nacional do indicador de participação na indústria brasileira na última década, tem esse ganho associado principalmente aos setores de Máquinas e equipamentos, Derivados do petróleo e biocombustíveis, Celulose e papel e Produtos de metal; São Paulo continua sendo o principal produtor de Veículos automotores e manteve-se responsável por 52% da produção nacional do setor. O estado do Paraná subiu do 3º para o 2º lugar (com 13,8% da produção nacional), ultrapassando o estado de Minas Gerais (com 9,7%); Mato Grosso do Sul se tornou um dos mais importantes para a produção do setor de Celulose e papel na última década. O estado avançou da 14ª para a 3ª colocação no ranking nacional de maiores estados produtores do setor de Celulose e papel; Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional (+1,5 ponto percentual), em razão do aumento do valor adicionado de sua indústria extrativa. Entre os biênios 2007-2008 e 2017-2018, o valor (nominal) da produção da Indústria Extrativa do Pará registrou alta, em reais, de mais de 300%. Esse aumento é resultado de alta dos preços (172%), acompanhada de crescimento do volume produzido (76%). O Indústria Forte é uma realização do Correio, com o patrocínio da CF Refrigeração, Jotagê Engenharia, Unipar, Tronox, Bracell, o apoio da AJL Locadora, Wilson Sons, Sotero Ambiental, Larco, SINDIMIBA e o apoio institucional da FIEB e Prefeitura de Camaçari.

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