Pivetti fala sobre pressão no Vitória: 'Encaro com naturalidade'

Vitória sofreu segunda derrota no Barradão pela Série B, dessa vez para América-MG, e chegou ao terceiro jogo sem ganhar

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  • Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Tiago Caldas/CORREIO

O Vitória perdeu para o América-MG por 2x1 no Barradão, na noite de terça-feira (6), e chegou a sua segunda derrota em casa pela Série B. O resultado também ampliou o jejum de triunfos do Leão, que já tinha sido superado pelo CSA em Salvador, por 1x0, e empatado em 1x1 com o Operário-PR fora. 

A sequência de resultados ruins afastou o rubro-negro do G4 - agora, a equipe aparece na 10ª posição - e aumentou a pressão em cima do trabalho de Bruno Pivetti. Para o técnico, a cobrança é natural e faz parte do esporte.

"Pressão é normal em um ambiente competitivo como o futebol. Eu encaro com naturalidade, porque sabemos da grandiosidade do Vitória. Entendemos a ansiedade de todos, de estar na Série A, de conquistar o tão sonhado acesso. Mas a pressão maior é interna, de nós fazermos, todos os dias, o nosso melhor. Essa é a pressão que eu procuro exercer sobre mim mesmo, para oferecer o meu melhor para o clube. E, assim, conquistar o resultados que tanto queremos. Então a pressão de fora eu encaro com absoluta naturalidade. Agora, a pressão interna, para fazer cada vez melhor, é sempre um agente que me motiva todos os dias", disse o treinador.

O Vitória sofreu os dois gols do América-MG ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, marcou com Carleto, de pênalti, mas não conseguiu o empate. Pivetti avaliou a partida e, mais uma vez, falou sobre os problemas na defesa do Leão. Ao todo, nas 14 partidas realizadas, a equipe foi vazada 15 vezes.

"A gente analisou a equipe do América-MG. Infelizmente, entregamos dois gols, praticamente. Sabemos a dificuldade que é reverter um placar de 2x0. Mas, mesmo assim, a equipe teve brio para tentar buscar o resultado. Criamos grandes oportunidades. No primeiro tempo, me recordo de pelo menos duas, três oportunidades. No segundo tempo, perdemos gols embaixo do gol. E acabamos pagando um preço caro. Infelizmente, só é analisado, de maneira superficial, os gols que a gente sofre. Mas criamos boas oportunidades e poderíamos ter saído daqui, mesmo saindo atrás por 2x0, com um empate - e, quem sabe, com a vitória, se tivéssemos sido mais eficazes do ponto de vista ofensivo", comentou.

Ainda na avaliação do técnico, o Leão vem apresentando bons desempenhos, mas falta acertar na finalização. Com isso, não mostra constância em seus resultados.

"O que a gente tem que transformar é essa consistência do trabalho, das ideias, em resultados práticos. Para isso, temos que ter atenção 100% da partida, porque sabemos que enfrentamos grandes equipes, e nossa ideia nós sabemos que funciona. De maneira defensiva, ofensiva, nas transições. Foi assim em trabalhos anteriores e tenho a certeza que vai ser também no Vitória".

Bruno Pivetti também falou sobre a discussão entre Jordy Caicedo, que queria cobrar o pênalti, e Thiago Carleto, que é o batedor oficial. O atacante foi impedido por Wallace, que deu a bola ao lateral. Quando acabou a partida, saiu de campo revoltado.

"Nós temos bem definidos quem são os batedores de pênaltis, de faltas. Isso nós organizamos bem. Ali foi uma situação em que o Carleto é o batedor oficial, e acabou que ele bateu e fez o gol. Qualquer outra coisa em relação a esse assunto será resolvido internamente", afirmou o técnico.

O Vitória volta a entrar em campo neste sábado (10), às 16h, contra o Avaí, mais uma vez no Barradão. Pivetti quer foco neste próximo compromisso. "Nós não temos tempo para lamentar, mediante essa sequência de jogos. É olhar para frente, ajustar aquilo que é necessário ajustar, para sermos mais competitivos possíveis no sábado e conquistar a vitória".