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Paulo Leandro
Publicado em 14 de julho de 2021 às 05:08
- Atualizado há um ano
Eurocopa, Cova América, ladrão de vacina, ‘Cérei A’, Supersérie – sem VAR! –, nada, nada pode ser mais importante quando se percebe a proximidade daquilo realmente capaz de amenizar o clima do mundo: as oitavas da Copa do Brasil, #unidossomosjuazeirensevitóriabahia.
Dona Bela, de prof. Raimundo, só pensava “naquilo!”. Assim estamos nós, alienados pelo fútilbol, tudo dominado por Juá x Peixe, Leão x Imortal, Baêa x Galo, de tão tenso errei o nome da deusa Palas Athena (escrevi Pala), na coluna passada, ajoelhados, imolai-nos.
PEIXE O Santos depende de Marinho, mas quando ele não vem bem ou está marcado, há outras possibilidades com as subidas de Moraes, como se fora ponta-esquerda, algumas vezes indo até a linha de fundo.
Manda a prudência vigiar Marinho, pois um lampejo dele é suficiente, porque tem uma tendência de desarrumar toda a marcação adversária e quem mirar seu cabelo roxo, vira pedra e já fica batido no lance.
O bom goleiro santista pode caçar borboletas, vale investir em bola parada, tipo aríete, com efeito e fogo, girando e saindo dele, facilita a força do cocuruto se o avante meter-lhe a testa, de olhos abertos, ou a casquinha no primeiro pau. No córner, passa o back, se for seguro.
A movimentação do meio para frente do Santos é bem interessante, exige gritos de quem comanda a guarita etíope, algo como ‘cerca, cerca’, ‘diminui, diminui’, ou mesmo ‘é minha’. Não sei se já proibiram gritos, é preciso urrar desde o toss para ganhar no cara ou coroa.
Venha cá, qual foi a dose da substância ingerida por quem viajou de deixar o bandeira abaixado, sinalizando impedimento só depois de a bola parar? O besta torce pelo desfecho de um lance previamente anulado?
E falta, gente, se a pessoa quebrar a perna de outra, mas não for lance de puxar um ataque perigoso, seria amarelo, e um simples totó, só para parar o jogo, mas em lance de perigo, é vermelho?
Fútil is music, said Bob, a bola toca, não sei se percebem a harmonia, o desafino vem de interromper o ritmo e o movimento com o VAR – brincamos de deus. Além de só enganar os otários, no auge do gol, corta o hard-rock, no gozo do jogo: até a narração fica amarela.
GRÊMIO Nosso repórter Elias Machado, a quem muito agradecemos, viu o Gre-Nal e conta para nós: “O Grêmio é muito frágil. Não tem meio-campo. O único capaz de armar o jogo é Jean Pyerre, mas é uma incógnita, ninguém sabe o que vai fazer. Às vezes joga bem. E, na maioria das vezes, é como se não estivesse em campo. O Grêmio é um time fácil de marcar porque depende muito do Ferreira, que saiu lesionado no Gre-Nal e pode desfalcar o time nos próximos jogos. É o único, na frente, que tem poder de definição no um contra um”.
ATLÉTICO Está visível e não está, são dois em um. Dá para perceber bem o homem-referência Hulk, mas ele nem sempre está como Hulk, vejam nele Bruce Banner, arquitetando os ataques, dele saem bolas longas para as duas pontas, com inteligência e precisão.
O dr. Banner começa a aumentar a pulsação e seu uniforme vai esgarçando-se à medida da sua chegada à área, se ficar cercado, daí ele pode usar a força, pois no pé-de-ferro ganha todas. É preciso pensar algo porque mesmo se adiantar colar dois nele, outros ficarão livres.
Paulo Leandro é jornalista e professor doutor em Cultura e Sociedade.