Planalto impõe sigilo de 100 anos para acesso a cartão de vacinação de Bolsonaro

De acordo com a presidência, os dados violariam a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem do presidente

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  • Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 11:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Alan Santos/PR

Após um pedido através da Lei de Acesso à Informação (LAI) da coluna do jornalista Guilherme Amado, da revista Época, o Palácio do Planalto decretou sigilo de até 100 anos ao cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro, e a qualquer informação sobre as doses de vacina recebidas pelo titular do executivo nacional.

De acordo com a Presidência, os motivos para não repassarem o cartão de vacinação e imporem o sigilo secular é de que os dados "dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem" do presidente Bolsonaro. 

Essa é apenas mais uma das várias polêmicas que o presidente da República se envolveu em relação à vacinação contra a covid-19. Nesta semana, ele afirmou que a compra de seringas e agulhas está suspensa até que "os preços voltem à normalidade".

O presidente também vetou nesta semana a proposta de blindar de eventuais bloqueios gastos para combater a covid-19 e adquirir vacinas, em caso de frustração de receitas.

Jair Bolsonaro também minimizou a demora para liberação e aquisição, por parte do governo, de vacinas. Segundo ele, diante de um mercado consumidor "enorme" no País, os laboratórios é que deveriam estar interessados nos pedidos de autorização para a Anvisa.