PMEs: saiba quais instituições financeiras na Bahia estão oferecendo crédito

Empresas precisam de apoio para continuar funcionando

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 8 de junho de 2020 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock/reprodução

Nas propagandas veiculadas nos mais diversos meios de comunicação, o crédito para garantir o pagamento da folha de funcionários é rápido. Benefícios para manter um empreendimento nesses tempos de quarentena também. A realidade, no entanto, se mostra bem diferente para micro, pequenos e médios empresários que, apesar de apelarem para as instituições financeiras, não estão conseguindo os recursos necessários para a manutenção dos seus negócios.  O educador financeiro orienta que os negócios devem demonstrar que possuem as condições para honrar os compromissos financeiros nesse momento (foto: Divulgação) De acordo com o economista e educador financeiro Edísio Freire,  o problema reside no fato de que todo processo de oferta de crédito precisa do intermediário financeiro, instituição responsável por fazer o dinheiro chegar às mãos do consumidor, portanto, não é suficiente definir linhas de crédito, é preciso torná-las acessíveis às empresas que necessitam fortemente desses recursos. 

“O Governo criou as linhas de crédito e delegou aos bancos a definição dos critérios para liberação, uma vez que, as instituições financeiras assumirão o risco de inadimplência, ou parte dele, com isso, as regras para liberação do crédito esbarraram em um processo burocrático gigante, onde as instituições bancárias definem por análise de risco quem terá direito à determinada linha de crédito”, esclarece o economista.

O resultado desse processo é que o pequeno e médio empresário precisa fazer malabarismos para manter seu negócio funcionando com um razoável grau de saúde financeira e o total de crédito liberado para o financiamento da folha, que foi um dos primeiros a ser instituído, teve um número de adesões muito abaixo da estimativa do Governo.

Risco calculado

Para Edísio, a  falta de informação e burocracia estão intimamente ligados ao desinteresse comercial dos bancos, provocado também pelo elevado grau de tomada de risco, já que as linhas apresentadas não tinham lastro de proteção contra inadimplência, cobertos 100% do Governo. “Trata-se de uma guerra comercial forte: de um lado o Governo, do outro as Instituições Financeiras e, no meio, os tomadores de crédito tentando sobreviver”, completa.

Para obter crédito nos bancos, o negócio precisa possuir características como  o bom equilíbrio financeiro; relacionamento com o Banco; garantia real, cadastro limpo; dentre outros. “Em meio a essa pandemia, o que deveria ser flexibilizado, não foi, e as dificuldades continuam. Claro que empresas que estão com bom perfil cadastral e possui um relacionamento saudável com a instituição, tendo bom lastro patrimonial, conseguirá ter acesso a essas linhas mais facilmente, porém, a maioria esmagadora não tem esse perfil”, completa o economista.

Antes mesmo do cenário de crise da pandemia, o Banco do Nordeste já comercializava linhas de crédito com juros subsidiados, e nesse momento de dificuldade e retração econômica, o banco lançou uma linha específica para combate aos efeitos da pandemia. As taxas de juros de 2,5%, para capital de giro e equipamento, mas as empresas além de cumprir os critérios de aprovação de crédito, precisarão comprovar que o recurso será utilizado em ações de combate aos efeitos da crise. 

Linhas possíveis

As linhas de crédito para pagamento da folha estão disponíveis nos bancos públicos e nos principais bancos privados, contudo, cada instituição tem sua regra para liberação do crédito, o que torna o processo lento e burocrático. É possível inclusive, encontrar o mesmo tipo de linha de crédito, com um pouco menos de rigor, mas com taxas de juros mais elevadas.

Outra linha de crédito importante, que foi sancionada no dia 18 de maio, é o PRONAMPE, instituído pela Lei 13.999/20. A linha disponibiliza a juros subsidiados, linha de crédito para micro e pequenas empresas, mesmo aquelas que possuírem pouco tempo de vida jurídica, permitindo o empréstimo para capital de giro e equipamentos, em limite de até 30% do faturamento anual, base de 2019. 

“O grande problema é que parte do risco de crédito fica com os bancos, portanto, os critérios para liberação ainda estão sendo montados. O Banco do Brasil e o BNB são algumas das instituições que ofertarão essa linha, mas será preciso aguardar até que as regras internas fiquem prontas para compartilhamento com os clientes”, salienta Edísio. 

CAMINHO PARA O CRÉDITO

A EMPRESA  ESTÁ APTA QUANDO POSSUI:Capacidade de gerenciamento de caixa; Controle financeiro; Patrimônio; Potencial para gerar novos negócios e honrar compromissos.  PARA TANTO É PRECISO:Plano de negócios; Orçamento apurado; Controle do fluxo de caixa. QUEM OFERECE CRÉDITO NA BAHIA

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Fonte: BNDES