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Poeira revirada em campanha de reeleição


 

  • Da Redação

Publicado em 13/01/2020 às 10:02:02
Atualizado em 20/04/2023 às 17:18:04
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Investigadores da Lava Jato e a equipe da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal para apurar suspeita da existência de um esquema de grilagem por meio da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), iniciaram troca de informações sobre uma denúncia envolvendo o senador Jaques Wagner (PT), oferecida em 2016 ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O caso tem origem na delação feita à Lava Jato pelo empresário Marcelo Odebrecht e outros cinco ex-executivos da construtora sobre suposta propina de US$ 12 milhões para a campanha à reeleição do então governador do estado em 2010, além de um relógio Rolex avaliado em US$ 20 mil, como contrapartida pela concessão de benefícios fiscais ao grupo. 

Fio da suspeita O interesse da Lava Jato se deu com a descoberta de que, após o ministro do STF Edson Fachin determinar a remessa da investigação contra Wagner para o TJ em junho de 2017, a então presidente da Corte, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, presa pela Faroeste, só enviou o caso para o MP da Bahia em janeiro de 2018. No início de abril, a investigação foi arquivada pelo MP. Agora, a Lava Jato quer reabri-la.

Ponto final  A Bamin perdeu o duelo travado há aproximadamente quatro anos e meio com a companhia baiana Zeus Mineração pelo direito de explorar manganês em uma área de 970 hectares localizada em Caetité, caso sob a mira da Operação Terra de Ninguém, deflagrada pela PF no início de 2019.  Em setembro de 2015, a Bamin ficou em primeiro na disputa pela prioridade de pedir a concessão da lavra do minério, por meio de edital a cargo da Superintendência Regional do extinto DNPM - atual Agência Nacional de Mineração (ANM). Segunda colocada, a Zeus recorreu e questionou a avaliação feita pela Comissão Julgadora do órgão na Bahia, mas o resultado foi mantido.

Alça de mira Disposta a levar a queda de braço adiante, a Zeus recorreu ao comando central da ANM, em Brasília, que considerou equivocado o resultado anterior e reclassificou a Zeus em primeiro. Anteontem, a Diretoria Colegiada da agência referendou a decisão, que cita ofício no qual a  PF destaca a existência de  “fortes indícios de ocorrência de atos ilícitos para beneficiar empresa classificada em primeiro lugar”, com base em investigações da Terra de Ninguém contra dirigentes da ANM na Bahia.

Na pista Em busca de assinaturas para fundar a Aliança pelo Brasil, legenda idealizada por Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente no estado levarão para a Pituba, amanhã, o Aliança Móvel, veículo com a imagem de Bolsonaro usado para convencer eleitores.

Mesa aberta Pré-candidato do DEM em Salvador, o vice-prefeito Bruno Reis decidiu priorizar nos próximos dias as negociações para atrair dois partidos aliados ao PT na Bahia: PL e PDT. A estratégia passa por acertos relativos à eventual vaga de vice na chapa do democrata. Embora com menor chance de acordo, Reis também mira o Podemos.

"A Lei Romeo Mion é um importante avanço no caminho do entendimento, na luta por políticas públicas inclusivas que abracem e promovam a inserção de pessoas com transtorno do espectro autista" - João Roma, deputado federal (Rep-Ba), sobre sanção da lei que cria a carteira de identificação para pessoas com o transtorno, que leva o nome do filho do apresentador  Marcos Mion.