Polícia Civil confirma morte do 3º policial vítima de acidente no interior da Bahia

Investigador estava internado no HGE desde o dia 4 de fevereiro após capotamento de viatura

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  • Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2022 às 18:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: reprodução)

A Polícia Civil confirmou, nesta quinta-feira (17), a morte do investigador Yago da Franca Sousa Avelar, de 39 anos, terceira vítima de um acidente ocorrido na BA-233, no último dia 4, entre as cidades de Itaberaba e Ipirá, na região na Chapada Diamantina.

No dia 5, a equipe médica que tratava o servidor chegou a informar à família e ao Departamento Médico da Polícia Civil sobre a morte encefálica dele, sendo iniciado o processo de realização do protocolo de morte encefálica, que inclui exames clínicos e complementares. Ao longo dos últimos dias, o processo de falência dos órgãos do profissional foi se agravando, culminando em sua morte, na noite de quarta (16). 

Yago foi aprovado no concurso de 2018 e ingressou no quadro da Polícia Civil em outubro de 2020 e foi designado para servir no Departamento de Polícia do Interior (Depin), no município de Seabra, região da Chapada Diamantina.

“Nossa consternação fica ainda mais dolorosa com esta notícia. Conheci Yago em 2019, quando foi, junto com Kleber e Matheus, meu aluno na Academia da Polícia Civil. Mais uma perda irreparável para nossa Instituição, de um jovem, também com futuro promissor na nossa polícia, que neste momento está em profundo luto”, declarou a Delegada-Geral Heloísa Campos de Brito.

Outros dois policiais, colegas de Yago, morreram no acidente, que também deixou quatro detentos feridos. As vítimas estavam em uma viatura, que capotou no dia 4 de fevereiro. As causas do acidente ainda seguem sob investigação.

Confusão durante internação

No período que Yago estava internado, um homem foi preso enquanto se passava por médico para ter acesso às informações sobre o estado de saúde do policial. Identificado como Fábio dos Santos Virgem, o suposto médico usava jaleco e estetoscópio e conseguiu ter acesso à Unidade de Terapia Intensiva.

O falso médico passava por áudios informações que seriam sobre o real estado de saúde de Yago. As mensagens viralizaram nas redes sociais. Familiares chegaram a compartilhar que eram falsas as notícias sobre a morte do investigador, divulgada inicialmente pela Polícia Civil no sábado (5). "Fique tranquila porque Yago tá vivo. Ele não tá morto. Essa morte cerebral que foi decretada a ele não é real. Existe a possibilidade de vida. Porque o coração dele tá batendo perfeitamente sem medicamento, o pulmão dele está respirando sem medicamento, ele tá lutando a favor da vida", dizia uma das mensagens que o falso médico enviou para parentes do policial.

A defesa de Fábio afirmou que ele é estudante de medicina de uma universidade da Argentina. Segundo o advogado, a versão acerca do estado de saúde do policial falecido e ainda vivo à época foi transmitida ao seu cliente por um médico plantonista e, assim, retransmitida aos familiares. 

Fábio foi solto após pagamento de fiança e vai responder por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica.