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Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2020 às 22:28
- Atualizado há 2 anos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu nesta quinta-feira (13) uma casa que abrigava um estúdio de pornografia que tinha como vítimas crianças da região de Santíssimo, zona oeste da capital fluminense. >
De acordo com a investigação, o imóvel era usado por um grupo liderado pelo alemão Klaus Berno Fischer, de 73 anos, que aliciava crianças e adolescentes e fazia filmes e fotos das vítimas. O material era vendido pela internet. Ninguém foi preso.>
A Justiça decretou a prisão do alemão, que tinha visto permanente para morar no Brasil porque é dono de uma agência de viagens em Copacabana, mas ele fugiu abandonando documentos e todo o equipamento de filmagem.>
Segundo o delegado Luiz Maurício Armond, da 35ª DP (Campo Grande), na última terça-feira, 11, uma mulher foi à delegacia com as filhas de 12 e 14 anos e denunciou o crime. Junto com ela estava uma amiga, cuja filha tem 5 anos e também teria sido vítima.>
A partir da denúncia, os policiais conseguiram localizar a casa, em uma área de mata vizinha da favela Cavalo de Aço, e obtiveram a ordem de prisão para Klaus Berno Fischer. No entanto, ele fugiu, pouco antes da chegada da polícia. Os policiais suspeitam que ele tenha sido alertado por outros envolvidos no esquema.>
Ainda de acordo com o delegado, Fischer contava com a ajuda de outros dois homens, que circulavam por favelas para abordar crianças e adolescentes, oferecendo presentes e dinheiro, convencê-los a ir até a casa. >
Quando chegavam lá, as vítimas eram filmadas e fotografadas. A polícia já identificou vítimas com idades entre 5 e 14 anos.>
Nas três salas equipadas como estúdios, havia objetos infantis, como balanços, gangorras, fantasias e piscina inflável, e objetos para práticas sexuais. >
Em uma parede falsa foram encontrados cerca 30 mil arquivos com filmagens de pornografia infantil. >
A polícia já sabe que os vídeos eram vendidos pela deep web, uma parte da internet que não é indexada pelos mecanismos de busca, como o Google, e por isso fica oculta à maioria do público. >
Como o Fischer tem uma agência de turismo, a polícia investiga se a empresa oferecia turismo sexual aos clientes.>