Polícia do Rio cumpre mandados de prisão pelas mortes de Marielle e Anderson

Vereadora e motorista foram mortos em março deste ano

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  • Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2018 às 11:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumprem, nesta quinta-feira, mandados de prisão temporária e busca e apreensão no Rio pela investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, em março deste ano. 

Os agentes cumprem mandados em 15 endereços na Zona Oeste do Rio, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; em Angra dos Reis, no Sul do RJ; em Petrópolis, na Região Serrana; e em Juiz de Fora, em Minas Gerais. 

PF no inquérito A Polícia Federal (PF) pediu acesso ao inquérito da Polícia Civil do Rio sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Desde o mês passado, a PF investiga suposta atuação de um grupo criminoso para atrapalhar as investigações sobre o crime, ocorrido em março, e se há omissão das autoridades do Estado. As informações são da TV Globo.

O inquérito da PF foi aberto a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ele é apoiado no depoimento de duas pessoas. O nome de uma delas é mantido em sigilo, e o outro é Orlando de Oliveira Araújo, conhecido como Orlando de Curicica. Ele é apontado como chefe de uma milícia em Curicica, bairro da zona oeste do Rio, e está preso na penitenciária federal de Mossoró (RN) desde junho.

Uma das linhas de investigação da Polícia Civil aponta Orlando como um dos mandantes do assassinato de Marielle e de seu motorista, mas o miliciano nega qualquer participação. Ele procurou o Ministério Público Federal (MPF) e prestou depoimento em agosto alegando estar sofrendo pressão para assumir o crime.

No depoimento, Orlando de Curicica disse que foi procurado pelo titular da Divisão de Homicídios, Giniton Lages, em maio, quando estava preso em Bangu. O responsável pela investigação da morte de Marielle teria pressionado para que ele se apresentasse como um dos mandantes do crime. O miliciano foi além e também acusou a Divisão de Homicídios de receber dinheiro do jogo do bicho para não investigar crimes, em esquema que existiria desde que o atual chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, comandava a divisão.