Policiais civis e penais fazem paralisação na próxima sexta-feira (7)

Nova assembléia deve ocorrer no dia 21 para decidir atuação no Carnval

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  • Gabriel Amorim

Publicado em 4 de fevereiro de 2020 às 19:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Sinspeb

Policiais civis e penais se reuniram na manhã desta terça-feira (4) em assembleia unificada que decidiu por uma paralisação de 24 horas para ambas as categorias na próxima sexta-feira (7). Segundo informações do Sindicato dos Servidores Públicos Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), estavam presentes cerca de 100 policiais penais - os antigos agentes penitenciários - e 300 policiais civis. 

Além da paralisação na sexta, a assembleia decidiu por instaurar imediatamente a ‘operação legalidade’ e orientou todos os policiais a agirem estritamente dentro dos parâmetros legais.

Após a assembleia, os presentes se deslocaram até a sede da Polícia Civil, na Piedade. Na caminhada, foram acompanhados por cerca de 1 mil pessoas, representantes de outras organizações sindicais. Um novo encontro das categorias está previsto para o próximo dia 21 e a pauta principal será a atuação dos policiais durante o Carnaval.

A decisão é reflexo da insatisfação das categorias na aprovação da PEC 159/2020, que trata da reforma da previdência para os servidores. Além disso, as categorias protestam contra punição de dois policiais penais que receberam suspensão por realizar uma paralisação em 2017.

“Paralisamos em repúdio à 'truculenta e ditatorial' condução e aprovação da PEC 159/2020 e em repúdio ao ato perverso do Secretário Nestor Duarte que Puniu os Policiais Penais Baltazar Felipe (Coordenador do Sinspeb) e Ithamar Cruz com 90 e 60 dias de suspensão, respectivamente”, disse a organização sindical dos policiais penais, em nota.

Operação legalidade Além da parada prevista para sexta, a assembleia desta manhã decidiu por alterar a forma como os policiais realizam sua rotina de trabalho. “Às vezes, por exemplo, um escrivão realiza atividades que seriam privativas do delegado, como uma oitiva, para agilizar o trabalho da Polícia Civil. Não vamos fazer, nem sair em viaturas sem totais condições de trabalho”, detalhou Eustácio Lopes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc).

Eustácio destaca ainda que as categorias se encontram a cinco anos sem reajuste salarial e desejam a reabertura do canal de diálogo com o Governo do Estado para tratar do assunto e de outras reivindicações específicas de cada grupo de policiais.

“A gente quer sinalizar para o governo como a categoria está insatisfeita e recebeu de forma negativa a Reforma da Previdência. Além disso, queremos que o governo receba as entidades”, explica. 

"O  governador optou por virar as costas para o servidor público. Somos nós servidores públicos que fazemos a máquina do Governo rodar . Muitas vezes, utilizamos recursos próprios para prestarmos serviços à sociedade e, mesmo assim, ainda não somos valorizados", completa Reivon Pimentel, presidente do Sinspeb.   Procurado, o Governo do Estado não respondeu ao CORREIO até a publicação desta reportagem.

* Com orientação da editora Mariana Rios