'Praça da Mãozinha' passa por reforma e fica irreconhecível

Espaço estava deteriorado nos últimos anos e recebeu uma série de melhorias da prefeitura

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  • Gil Santos

Publicado em 6 de julho de 2020 às 11:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: Gil Santos/CORREIO

Quem frequenta o bairro do Comércio ou conhece minimamente Salvador já ouviu falar da Praça Marechal Deodoro, popularmente conhecida como Praça do Ouro ou Praça da Mãozinha. Nos últimos anos, o local estava com aspecto de abandonado, mal iluminado e com calçamento e bancos deteriorados. Uma imagem bastante diferente do novo espaço que foi entregue na manhã desta segunda-feira (6), pela prefeitura. 

A praça é a maior do bairro do Comércio e foi totalmente requalificada. Ela recebeu intervenções na pavimentação, acessibilidade, estacionamento, pontos de ônibus, mobiliário urbano, paisagismo, restauração de monumento e construção de quiosques para literatura de cordel e venda de coco e acarajé. O prefeito ACM Neto participou da entrega nesta segunda-feira e disse que essa obra é muito importante. "Uma praça por onde passam milhares de pessoas todos dias, área de intensa atividade econômica do Centro antigo", destacou.

Neto lembrou que a prefeitura estabeleceu o Comércio como um dos locais com mais investimentos no projeto Salvador 360, citando também outras obras na região, como a recuperação da Praça da Inglaterra. "Em pouquíssimos dias estaremos entregando também a Praça Cairu, do Mercado Modelo. Estaremos entregando a requalificação completa da Avenida Sete e da Praça Castro Alves. E os investimentos continuam".

A reforma alcançou a Avenida Jequitaia, e seguiu pela Travessa do Cais do Ouro até a Rua Torquato Bahia. Ao todo, os 23.250 m² de área requalificada receberam investimentos públicos municipais de R$ 5.198.572,39. O vice-prefeito Bruno Reis, que até o mês passado era secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, pasta responsável pela realização da reforma, disse que a ação faz parte da estratégia de revitalização do centro antigo de Salvador.

"Essa é uma obra estratégica porque está dentro do Centro Histórico. São mais de 40 iniciativas de monumentos, praças, e prédios que nós estamos recuperando. Uma estratégia de preparar a nossa cidade principalmente para o pós-pandemia, quando for possível a retomada do turismo, dessa praça ser um dos pontos de visitação. A gente sempre ouviu falar de requalificação do Centro Histórico e de retomada do comércio no Centro Antigo, e efetivamente isso está ocorrendo na gestão do prefeito ACM Neto com a decisão firme de trazer pra cá diversas secretarias, recuperação dos equipamentos e estratégias para as pessoas visitarem o centro", disse. (Foto: Gil Santos/CORREIO) Bruno Reis pediu que a população seja consciente e ajude a preservar o espaço. Essa é uma das preocupações do aposentado Adonias Ferreira, 71 anos, que frequenta a praça. "A reforma foi boa. Está tudo muito bonito, e espero que continue tudo assim depois que a prefeitura sair. Infelizmente, as pessoas não valorizam o que é público, mas vamos torcer para elas serem mais conscientes", contou.

Entre as intervenções feitas estão a restauração do Monumento das Nações, mais conhecido como 'Monumento das Mãozinhas', responsável pelo nome que a praça recebeu popularmente. Houve também a implantação de mobiliários urbanos (bancos e lixeiras), ações de acessibilidade (incluindo construção de pista tátil direcional e de alerta e rampas), e troca da iluminação.

A prefeitura também implantou faixa de pedestres, novas calçadas e baias de ônibus, além do ordenamento dos estacionamentos de veículos e do comércio informal, instalação de guarda-corpo, balizadores e novo paisagismo.

As melhorias na praça e no entorno integram o programa Vem pro Centro, lançado pela Prefeitura com o objetivo de revitalizar, ocupar e movimentar o bairro do Comércio. O projeto de requalificação da praça é de responsabilidade da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF). Já as obras foram executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), por meio da Superintendência de Obras Públicas (Sucop). (Foto: Gil Santos/CORREIO)