Precisamos buscar no inconsciente o remédio para nossos complexos

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  • Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2019 às 09:50

- Atualizado há um ano

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Existe uma distância entre o consciente e o inconsciente que me inquietou depois de visitar Freud - neurologista criador da psicanálise - e suas conclusões sobre a forma como deveríamos encarar, ler e interpretar os nossos sonhos. Portanto, me permitir tentar entender Freud e suas conclusões buscando esclarecimento, entendimento em outros psicanalistas, psicólogos que tratam do inconsciente como algo infinito. O consciente, sabemos, está relacionado à nossa razão e posso falar disso depois. Tudo que queremos é ter domínio total das nossas situações e por isso temos explicações muitas vezes rasas para alguns complexos habituais como por exemplo nossas neuroses.

Nada do que digo aqui é absoluto mas fruto de um raciocínio raso e superficial do que seria o inconsciente.

Cheguei à necessidade de entender o que fazer para compreender esse tal inconsciente partindo da leitura dos sonhos, como diz Jung, deixando de lado as afirmações de Freud que praticara a livre associação como forma de ler o que o inconsciente queria dizer através dos sonhos de uma pessoa.

Nessa minha imersão, senti que podia pelo menos observar alguns complexos - emoções reprimidas capazes de provocar distúrbios psicológicos. Esses complexos na maioria das vezes ficaram escondidos no meu subconsciente e sempre que podiam me apareciam em sonhos. Era o meu inconsciente fazendo o seu papel de me alertar, desordenadamente, que tenho marcas e preciso atentar para elas.

Passei a ler quase todos os símbolos que apreciam nos meus sonhos e comecei a entender muitas coisa que nenhum psicólogo conseguiu me explicar por se tratar, o inconsciente, de algo absolutamente individual e por isso a teoria de Freud de ler o inconsciente através da livre associação de símbolos me parecia invasiva e capaz de desviar o entendimento do que o meu inconsciente estava tentando me dizer através dos sonhos cheio de outros símbolos. Passei a perceber que esse inconsciente precisava de minha atenção. Só minha. Porque ele trazia questões e as vezes soluções para complexos habituais que vira e mexe se manifestam.

Por exemplo: sonhei um dia que morava sozinho numa casa muito bonita, mais parecia um sitio, com árvores e muito espaço verde. Num determinado momento do sonho eu saia da casa e encontrava no jardim, numa distância média de 50 metros para cada lado, dois animais selvagens: um leão meio desinteressado pela minha pessoa a ponto de só conseguir vê-lo de costas para mim e do outro lado um puma preto, que não me olhava mas caminhava disfarçadamente na minha direção. A minha sensação não era de medo mas procurei me proteger saindo de imediato do jardim, correndo para dentro da casa.

O curioso é que eu conseguia saltar pelas arvores como se tivesse o poder de voar. Mesmo sabendo que o leão parecia desinteressado pela minha suculenta carne, o contrário do puma, eu saltava entre as árvores até entrar em casa com a atenção para os dois. O puma continuava caminhando e tentando calmamente me encurralar, cansar. A casa estava com as portas e janelas abertas. Quando, por fim, entrei na casa, acordei.

Com esse sonho, passei a refletir sobre a possibilidade de ler no plano consciente e cheio de reverberações dos meus complexos, o que estava acontecendo comigo dentro do minha casa, que parecia confortável, o que habitava o meu jardim de ideias e o poder que eu tinha de correr das dificuldades, passando por cima de tudo e me segurando em coisas fixas como as árvores - os complexos.

Entendi que não se tratava de uma viagem sem fundamento. Era, sim, uma expressão muito clara do momento em que estava vivendo. E depois de tentar aproximar o sonho - inconsciente -  e a minha situação real - consciente -, percebi que existia ali uma necessidade de equilibrar essas duas polaridades para o equilíbrio do meu ser.

É evidente que não sabemos dominar o inconsciente mas atender aos seus sinais já é um passo importante para resolução de problemas que nenhum psicólogo ou neurologista conseguira auxiliar em sessões continuas de terapia, sozinho. Os traumas ficam cravados no inconsciente e sempre que eles se apresentam trazem para nós sinais que talvez precisemos refletir.

Não digo aqui que seja dispensável o acompanhamento de um psicólogo ou psicanalista nos tratamentos de traumas, descobertas, etc.. Mas digo que nós todos enquanto pacientes de nós mesmo precisamos buscar no inconsciente o remédio para complexos, inclusive os habituais - aqueles que estão presentes o tempo inteiro em nossas mentes. Talvez o distanciamento entre o consciente e o inconsciente seja um mal que acomete o ser humano há séculos e que se sanado pudesse melhorar as nossas vidas. Digo isso porque passei a perceber pessoas que parecem incompletas por estarem distantes do inconsciente e viverem o tempo todo a própria razão - consciente. Eu também sou assim, muitas vezes mas tenho tentado esse equilíbrio. Recomendo.

A grande verdade é que ninguém, nem você mesmo, sabe ao todo o que você está pensando, já que o seu inconsciente é você fora do seu domínio  - mas dentro de você.

Um outro ser dentro de você capaz de te surpreender.

Leia com atenção os seus sonhos.

Já pensou nisso?