Prefeita de Juazeiro é mais uma política a ter o celular clonado

Pessoa usando número dela pediu transferência via Pix

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  • Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 12:57

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

A prefeita Suzana Ramos, de Juazeiro, teve o celular clonado, segundo informou nesta quinta-feira (5) a assessoria de imprensa da gestão municipal. 

A ação dos criminosos virtuais foi descoberta hoje, quando pessoas próximas estranharam mensagens recebidas pelo número de Suzana (74 99942-4642) no WhatsApp. Na troca de mensagens, a pessoa que se passou pela prefeita pedia dinheiro em transferência pelo Pix.

Em nota, a prefeitura diz que todas as medidas legais já estão sendo tomadas. Pede ainda que quem receber algum contato desse número que a prefeita usava desconsiderem a mensagem, especialmente se for um pedido de dinheiro, por se tratar de golpe.

Nessa semana, os senadores baianos Otto Alencar e Ângelo Coronel, ambos do (PSD-BA) tiveram os celulares clonados. Em nota, os políticos informaram que foram alvos do golpe e alertam aos contatos que suspeitem de qualquer mensagem recebida que tenha sido enviadas pelos números de celular até então usados por eles.

Na semana passada, o CORREIO mostrou que os prefeitos baianos eram os novos alvos dos cibercriminosos. Só no mês de julho, entre os dias 19 e 26, ao menos seis prefeitos e um vereador tiveram os nomes e fotos utilizados por bandidos para aplicar golpes ou as contas do WhatsApp clonadas. Aproveitando da influência que eles têm em suas cidades, os golpistas tentam se passar pelos políticos para conseguir extorquir dinheiro de comerciantes e populares.

Confira alguns dos principais golpes aplicados atualmente: 

1 - Golpe da clonagem do Whatsapp: Entre os meios usados pelos bandidos está o Whatsapp. Os criminosos enviam uma mensagem pelo aplicativo fingindo ser de empresas em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.  Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix.  Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” (Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas). Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos. 

2 - Golpe de engenharia social com Whatsapp: Em outra fraude que usa o Whatsapp, o criminoso escolhe uma vítima, pega sua foto em redes sociais, e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema, como, por exemplo, um assalto. A partir daí, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência.  Nesta fraude, o bandido nem precisa clonar o whatsapp da pessoa, e usa a estratégia de pegar dados pessoais da vítima e de seus contatos. A FEBRABAN alerta que é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário.  Ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, é preciso certificar-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. O cliente sempre deve suspeitar quando recebe uma mensagem de algum contato que solicita dinheiro de forma urgente. Não faça o Pix ou qualquer tipo de transferência até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro. 

3 - Golpe do falso funcionário de banco e das falsas centrais telefônicas: Outros golpes praticados são os do falso funcionário e falsas centrais telefônica de instituições financeiras. O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix, ou ainda diz que o usuário precisa fazer um teste com o sistema de pagamentos instantâneos para regularizar seu cadastro, e o induz a fazer uma transferência bancária.  É importante ressaltar que os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix. Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos. 

4 - Golpe do bug do Pix: Outra ação criminosa que está sendo praticada por quadrilhas e que envolvem o Pix é o golpe do “bug” (falha que ocorre ao executar algum sistema eletrônico). Mensagens e vídeos disseminados pelas redes sociais por bandidos afirmam que, graças a um “bug” no Pix, é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Entretanto, ao fazer este  processo, o cliente está enviando dinheiro para golpistas. 

5 – Golpe dos perfis falsos em redes sociais: Contas fakes de restaurantes, hotéis e pousadas são feitas e oferecem promoções ou reservas em que a vítima precisa transferir algum valor com antecedência.  

6 - Golpe do boleto falso: Os criminosos fazem boletos muito parecidos com o da empresa que a vítima é cliente. Eles enviam esse documento por e-mail, às vezes de forma aleatória, na esperança de que alguém ache que o boleto é verdadeiro e faça o pagamento.    

7 - Golpe nos aplicativos de namoro: Pessoas criam contas, algumas vezes falsas, e entram em contato com outros usuários. Eles mantêm um contato íntimo via redes sociais, às vezes com o envio de fotos íntimas, que depois são usadas para extorsão. Há também os casos em que a vítima é induzida a transferir dinheiro para o golpista na esperança de encontrá-lo pessoalmente.   

8 - Golpe do consórcio/imóvel barato: Os golpistas criam falsos anúncios de venda de imóveis em aplicativos ou redes socais. Com o preço barato, eles atraem os clientes a entrarem num consórcio e não a comprar o imóvel indicado na propaganda.    

9 - Golpe na venda de produtos pela internet: O vendedor anuncia um produto, geralmente eletrônico ou de rápida saída, e encontra um suposto interessado, que envia um e-mail para o vendedor dizendo que já realizou o pagamento. Esse e-mail é enviado como se fosse da empresa onde o produto foi anunciado. O vendedor envia a mercadoria para o endereço do golpista, que nunca fez a compra.