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Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2022 às 18:59
- Atualizado há 2 anos
O presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, manifestou em forma de ataque e culpabilização da vítima o caso da morte de Moïse Mugenyi Kabagambe, 24 anos. O Congolês foi assassinado no último dia 24 com requintes de crueldade e violência em um quiosque do Rio de Janeiro ao cobrar o pagamento de diárias que havia trabalhado. Camargo disse que o jovem foi um "vagabundo morto por vagabundos mais fortes.">
"Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava", escreveu o gestor em publicação em sua conta numa rede social. >
Camargo também disse não existir "a menor possibilidade" de a Fundação Palmares homenagear o congolês. "Ele foi vítima de crime brutal mas não fez nada relevante no campo da cultura. A Palmares lamenta e repudia a violência, mas não endossa as narrativas canalhas e hipócritas da esquerda".>
O gestor bolsonarista acrescentou ainda que a morte não torna Moïse um mártir ou herói dos negros. "Moïse foi morto por selvagens pretos e pardos - crime brutal. Mas isso não faz dele um mártir da "luta antirracista" nem um herói dos negros. O crime nada teve a ver com ódio racial. Moïse merece entrar nas estatísticas de violência urbana, jamais na história." >