Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2018 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Amanhã será um dia decisivo para o futuro político do PR na Bahia. O deputado federal José Carlos Araújo, presidente estadual da legenda, vai se reunir com o governador Rui Costa (PT) para tratar da reivindicação da sigla por mais espaço na gestão estadual, além do apoio republicano nas eleições. No encontro passado, Araújo pediu o comando da Bahiatursa e da Superintendência dos Desportos do Estado (Sudesb), além de outra secretaria. Atualmente, a sigla comanda a pasta do Turismo. Em caso de recusa do governador, o PR deve confirmar a mudança para a base do prefeito ACM Neto (DEM). >
Prazo Embora Araújo negue, aliados de Neto dizem que as conversas com o PR estão avançadas e apostam que um acordo deve ser selado até o final desta semana. Isso porque a janela partidária se encerra no próximo sábado e, caso migre para a oposição, o PR será reforçado com deputados estaduais que decidiram trocar de partido. Entre eles estão Hildécio Meireles, David Rios e Luciano Simões Filho, que deixaram o MDB. >
Novo revés O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (sem partido), foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça e teve os direitos políticos suspensos por três anos. Ele ainda está proibido de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou créditos pelos mesmos três anos. O prefeito foi denunciado pelo Ministério Público estadual por realizar contratação de servidor sem concurso durante seu terceiro mandato no município, em 1997. A ação tramitava na 1ª Vara da Fazenda Pública de Itabuna há mais de 13 anos e foi assinada pelo então promotor da cidade Márcio Fahel, que recentemente comandou o MP baiano. >
Histórico A decisão é mais um revés de Gomes na Justiça. Em 2015, ele foi condenado pela Justiça Federal por fraude em convênio para compra de ambulância e ficou inelegível por oito anos. Com uma liminar, disputou a eleição de 2016 e foi eleito para seu quarto mandato. O Ministério Público Eleitoral (MPE), então, pediu a cassação do mandato dele, que foi negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em decisão da ministra Rosa Weber. O PDT, partido de Dr. Mangabeira, candidato derrotado por Gomes, recorreu.>
Alternativas Quatro partidos estão na mira do deputado estadual Marcell Moraes, que anunciou, ontem, sua saída do PV após 20 anos no partido. Ele vai se encontrar hoje com o prefeito ACM Neto (DEM) e com o ex-deputado federal Edson Duarte (PV) para definir o destino. PSC, Solidareidade, PHS e PSDB estão entre as opções do parlamentar. O legado da família, segundo Marcell, continuará com a irmã dele, a vereadora Marcelle Moraes, que integra a direção estadual da sigla e é pré-candidata a deputada federal. >
Entrave Com a saída de Marcell, o PV deve coligar com partidos menores nas eleições para deputado estadual e federal. A presença dele era considerada um entrave por dirigentes de legendas nanicas, que resistem à presença de candidatos com mandato. "A sede de um poder foi atingida por um tiro e até hoje não houve um gesto do governo, do secretário de segurança pública do estado e ou do próprio comando desta Casa. Esse fato precisa de esclarecimentos", Luciano Ribeiro, líder da oposição na Assembleia, ao cobrar investigação do governo do estado no caso do tiro que atingiu a sala da liderança oposicionista, há um mês, sem que qualquer providência tenha sido tomadaPílula Especulação O vereador Henrique Carballal, líder do governo na Câmara de Salvador, disse não acreditar que o PV migre para a base do governador Rui Costa (PT). “Eu não acredito que o PV saia por uma questão programática. Não é partido de cargo. Não acredito que vá romper com o projeto político do prefeito ACM Neto, que o PV ajudou a construir”, afirmou.>
>