Primeiro SUV compacto da VW é seguro e tem muita tecnologia

Ofensiva da marca alemã começou em abril com o lançamento do T-Cross

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 22 de dezembro de 2019 às 01:14

- Atualizado há um ano

. Crédito: FOTOS DE MARINA SILVA

SUV, sigla para sport utility vehicle, é a categoria que tem mais chamado a atenção no mercado automotivo. Só esse ano foram dezenas de novidades nesse segmento, desde atualizações de modelos existentes até a entrada de marcas de luxo, seja com produtos inéditos como o Aston Martin DBX, seja com a criação de subcategorias, como o Porsche Cayenne Coupé. Até o Ford Mustang deu origem a um utilitário esportivo, o Mach E.

No Brasil a preferência é pelos compactos, desde a introdução do Ford Eco Sport no começo dos anos 2000. Muitos outros surgiram nos últimos anos e a Volkswagen foi a última das grandes marcas a apostar nesse mercado. A ofensiva da marca alemã começou em abril com o lançamento do T-Cross, veículo que utiliza a mesma base do Polo e do Virtus - com quem compartilha a mesma distância entre-eixos. O teto solar panorâmico é opcional nessa versão, que tem acabamento em couro Com arquitetura moderna, motores eficientes e bastante tecnologia, o T-Cross não foi um sucesso imediato. Cresceu gradualmente nas vendas e, em novembro, alcançou a liderança geral entre os SUVs no país. Foram 6.256 emplacamentos no último mês, deixando o Jeep Renegade (6.232) em segundo e o Jeep Compass (5.199) em terceiro.

Dessa vez rodamos na Bahia com a configuração topo de linha, a Highline. Ela é a única equipada com o motor 1.4 turbo, o mesmo utilizado em algumas versões de modelos maiores como Jetta e Tiguan Allspace. Esse propulsor, que é associado sempre a uma transmissão automática de seis velocidades, entrega 150 cv de potência com qualquer combustível.

No entanto, essa potência é alcançada entre 4.500 e 6 mil rotações com etanol e 5 mil rpm com gasolina. O torque é sempre de 25,5 kgfm a partir de 1.500 giros. Em nossas medições, com gasolina, o consumo foi de 9 km/l na cidade e de 12,9 km/l na estrada. O painel de instrumentos digital, que pode ser personalizado, também é opcional EXPERIÊNCIA O espaço interno é bem aproveitado e na versão Highline, chamam a atenção as saídas traseiras de ar e as tomadas USB para quem viaja atrás. Também conta com itens de segurança presente em todas as versões: seis airbags, freios a disco nas quatro rodas e controle de estabilidade.

O acabamento do painel e das laterais de porta poderia ter um material mais macio. No entanto, áreas de contato do motorista e passageiros possuem revestimento, como no apoio de braços dianteiro e nas laterais de porta.

Ao volante, o T-Cross surpreende e anda muito bem com esse motor de 150 cv - que pode ser explorado de formas distintas se o cliente optar por levar, como opcional, um seletor de modos de condução, que varia de ajustes que privilegiam desde a economia até a esportividade. Desde o primeiro contato esperava uma suspensão mais dura, com a calibração do Polo. Mas no T-Cross o ajuste foi bem acertado e a engenharia encontrou uma boa média entre conforto e esportividade. Para completar, a posição de dirigir também foi bem trabalhada. É elevada, mais vertical que a do Polo, por exemplo, mas não tão horizontal quanto a de uma Amarok. São 4,20 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,57 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos. O porta-malas leva 373 litros A linha T-Cross tem preços a partir de R$ 84.990, valor cobrado pela versão com motor 1 litro turbo (200TSI) e transmissão manual. O carro testado, a versão Highline 250 TSI custa inicialmente R$ 109.990, mas pode chegar aR$128.140como na unidade avaliada, que tinha todos os itens opcionais. Entre os destaques estavam o teto solar panorâmico (R$4.800), um pacote que inclui o painel de instrumentos digital, seletor de modos de condução e sistema de navegação (R$ 4 mil) e um pacote de tecnologias que custa R$ 6.050 e agrega ao carro um assistente de estacionamento, faróis full LED e sistema de som fornecido pela Beats.

NA BAHIA É DIFERENTE Se no país, o T-Cross vai bem, na Bahia ele precisa melhorar. No estado só foram comercializadas 89 unidades em novembro, mesmo período que o Hyundai Creta somou 207 emplacamentos, Jeep Compass, 188, Ford EcoSport, 175, e Nissan Kicks, 146. No geral a participação da VW no estado está abaixo da média nacional e no mês passado o carro da marca mais vendido foi o Gol, com 162 unidades - volume que o colocou somente na 14ª posição.