Procurador que agrediu a chefe no interior de São Paulo é preso

Agressão brutal aconteceu durante expediente na prefeitura de Registro

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  • Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2022 às 10:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (23), em São Paulo. A Justiça determinou a prisão dele ontem, pelo espancamento da procuradora-geral da cidade de Registro, que é chefe dele, durante expediente na prefeitura. 

A prisão preventiva foi pedida pelo delegado à frente do caso, Daniel Rocha, que alegou que o acusado colocava em risco a vida da chefe e de colegas de trabalho se ficasse solto. A agressão a Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, aconteceu depois de um pedido de procedimento para investigar a postura de Demétrius no ambiente de trabalho.

A investigação do caso reuniu fotos e vídeos da agressão, que também circularam nas redes sociais. O depoimento da vítima também foi usado para embasar o pedido de prisão. 

Embora tenha sido levado à 1ª Delegacia da cidade depois da agressão, Demétrius foi liberado por "falta de flagrante" no dia, segundo a Polícia Civil. Ele foi ouvido e liberado depois da realização do boletim de ocorrência. Ele alegou que sofria assédio moral no trabalho.

"Comportamento antissocial" Segundo a procuradora, o agressor tinha um comportamento "antissocial" no local de trabalho. Eles conviveram por quase 10 anos. Ela fez um pedido para abertura de um procedimento contra Demétrius e pouco depois ele a agrediu. 

Falando à TV Tribuna, a procuradora contou que no começo eles tinham uma boa relação de trabalho. 

"No início, sim. Acredito que até 2018 ainda conversávamos. De vez em quando, saíamos juntos, quando tinha uma festa de aniversário de alguém da procuradoria", relembrou.

Depois que Gabriela foi nomeada procuradora-geral da cidade, Demétrius ficou mais fechado e mudou de comportamento, conta. "Era uma pessoa antissocial, não conversava com a gente, não dava ‘bom dia’, não cumprimentava na rua, não era colaborativo, não se integrava no trabalho. Era praticamente impossível um trabalho em grupo com ele", acrescentou. 

Com o comportamento do colega, Gabriela diz que passou a temer alguma relação violenta dele, mas não imaginava que chegaria ao ponto de ser espancada. “Eu tinha medo, sim. Tinha medo de que fosse acontecer isso, mas não imaginava que fosse ser uma violência física, achava que fosse um ‘bate boca’, uma discussão”.