Professor é demitido após pedir redação sobre 'sexo oral e anal' a alunos

Cinco famílias e diretor da escola prestaram queixa contra o docente na polícia

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 20:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/TV Globo

Um professor de português de uma escola pública no Distrito Federal foi demitido depois de uma aula sobre sexo em que pediu uma redação aos alunos sobre "sexo oral e anal". O fato aconteceu em uma classe com estudanes do 6ª ano, com média de 12 anos de idade. A informação é do G1 DF.

Na aula, o educador usou expressões explícitas ao falar do sexo. No quadro, ele escreveu palavras para debater o tema e propôs a redação para os alunos, que estudam no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 104, da Asa Norte.

Segundo a Secretaria de Educação, o professor Wendel Santana, 25 anos, era temporário e foi mandado embora depois do episódio. Já Wendel afirmou que escreveu as expressões noq uadro, mas disse que a ideia era mostrar a diferença das maneiras formal e informal ao falar sobre sexo.

Os alunos tiraram foto do quadro e também gravaram áudios na aula. Os pais que ficaram sabendo do caso se revoltaram e exigiram providências da direção. "Primeiro que aquilo ali não é educação sexual. Eu acho que aquilo é pornografia, uma coisa vulgar coisa que criança nenhuma merece passar por isso", diz a corretora Vanessa Damares, mãe de um aluno.

A admnistradora Adriana Sarino afirmou que ficou "perplexa" com o ocorrido e que o filho de 12 anos não conhecia quase nenhuma das expressões usadas pelo educador.

O diretor da escola e cinco famílias registraram queixa contra o professor na delegacia.  Professor diz que aula foi exercício de linguagem (Foto: Reprodução/TV Globo) Professor se defende Wendel Santana afirma que não recebeu "treinamento adequado" por parte da escola e que seu objetivo era fazer um exercício de linguagem para os alunos.

"A linguagem que eles trazem pra mim é uma linguagem totalmente informal. Foi isso que eu vi. O exercício que eu propus foi trazer essa informação de linguagem informal e adaptá-la para uma linguagem formal, que é a linguagem da educação de fato", diz.

O contrato dele será rescindido, diz a secretaria.