Projeto entrega mais de 80 mil filhotes de tilápias a agricultores em Itabuna

Ação visa contribuir para a retomada da renda de pessoas atingidas pelas chuvas na Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 20:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: divulgação

Oitenta mil alevinos de tilápias foram entregues a agricultores do município de Itabuna, no sul do estado, durante uma cerimônia na sede da União dos Servidores Municipais (Usemi). Ao todo, 80 pessoas foram beneficiadas pelo projeto. Uma iniciativa da Bahia Pesca, em parceria com a Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente, com o intuito de apoiar o desenvolvimento da piscicultura na região.

A ação surgiu a partir da situação sofrida nos municípios baianos atingidos pelas fortes chuvas que devastaram as produções, equipamentos e insumos dos trabalhadores do extremo-sul e sudoeste baianos. “Com as chuvas recentes, muitos produtores tinham projetos para a agricultura e piscicultura, mas perderam tudo que tinham, então, essa entrega propicia uma fonte de proteína de excelente qualidade, para consumo e venda”, explica o presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira.

No evento, estavam presentes os representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Thiago Guedes, além do secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Moacir Smith, e do diretor presidente da Bahia Pesca, Marcelo Oliveira. 

Cada agricultor recebeu entre 700 e 1000 unidades de tilápias. Eles são repassados ainda filhotes para facilitar o transporte e possibilitar a entrega de grandes quantidades. Diante dos inúmeros problemas que surgiram em decorrência dos temporais, a doação pretende garantir alimento para as famílias e ainda beneficiar a retomada do comércio nas cidades atingidas, de acordo com Marcelo Oliveira. 

A Bahia Pesca, responsável pela doação dos filhotes de tilápia, produz os peixes até a fase de alevinos para que aqueles que os adquirirem tenham liberdade para escolher para qual fim o lote será utilizado: consumo ou comercialização. O tempo para que os peixes estejam aptos para o aproveitamento é de seis a sete meses, quando eles chegam à fase madura. Apesar disso, nada impede que sejam consumidos ainda no período juvenil, mas não haverá o aproveitamento total do peixe.

Os agricultores que receberam os alevinos podem escolher entre três técnicas de produção: barragens, redes ou gaiolas flutuantes e cavados. A soltura em barragem propicia o desenvolvimento mais natural do peixe e possibilita atividades para toda a comunidade, através da pesca rudimentar ou de lazer. Para a produção da piscicultura, o uso de redes ou gaiolas flutuantes está entre as opções mais comuns. Nela, os peixes são mantidos em barragens, mas dentro de espaços limitados. 

Os cavados são as produções em cativeiros, como tanques ou poços cavados no chão. Os peixes podem ser criados nesses espaços até a fase adulta. Esse é o método mais econômico e utilizado por pequenos agricultores. A alimentação é realizada à base de ração.

“Esse é um projeto de reconstrução de infraestrutura, apoio, incentivo e impulsionamento do comércio. Ele pode garantir a segurança alimentar das famílias, assim como uma renda”, destacou o presidente da Bahia Pesca.

* Com supervisão da subeditora Fernanda Varela