Projeto leva espaço de cultura e convivência para locais de vulnerabilidade

Intitulado de Cantos de Leitura, o projeto já atingiu quatro regiões do país

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  • Do Estúdio

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 14:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Shutterstock

No Brasil existem 6.103 bibliotecas públicas - quantidade considerada baixa em relação ao número da população brasileira. E pensando nessa necessidade, em 2016, foi criado o projeto Cantos de Leitura. Muito mais do que bibliotecas, os Cantos de Leitura são espaços de convivência onde o livro é o ponto chave. Desde então, já são 30 unidades inauguradas em todo país e mais de 36 mil livros doados, de diferentes editores e gêneros literários.

Toda implantação dos Cantos de Leitura é uma realização da Rede Educare - especializada em leis federais de incentivo - via Lei Rouanet e Ministério da Cultura. Os locais escolhidos para abraçar os Cantos são diferenciados, entre eles, Cooperativas, creches e escolas conveniadas com a rede pública de ensino e comunidades altamente vulneráveis.

Segundo Kátia Brasileiro, gestora da Rede Educare e responsável pela coordenação do projeto, existe um lista de critérios para escolha desses lugares. “Inicialmente, o lugar tem que ficar aberto ao público, ser gratuito, ter no mínimo dez metros quadrados e ser acessível, o que nem sempre é possível”, pontuou, lembrando da necessidade de ter um CNPJ. “Essa é uma etapa necessária já que fazemos doação do acervo e estrutura”.

De quatro anos para cá, o projeto só colhe bons frutos. Na 1ª edição em 2016, foram entregues cinco unidades. Já no ano passado, quando chegou à sua 3ª edição, 13 unidades foram entregues - Olinda, Cantagalo, Duque de Caxias, Três Rios, Maré, Salvador, Itaí, Sorriso, Campinas, São Paulo, Itaguaí, São José dos Campos. No total, mais de 10 mil pessoas foram beneficiadas só em 2018.

“Quando criamos uma praça, as crianças fica exposta a todo tipo de situação, mas se elas estão em um local de leitura e brincadeira, estão mais seguras. É um ambiente para que elas possam ficar com outras crianças, jovens, seus familiares e ao mesmo tempo, possam ler. A leitura é nosso gancho para criar esses espaços de cultura, paz e convivência”, assegurou Kátia.

O sentimento dos gestores do projeto é de realização. “Como pessoa, mulher, brasileira, nordestina, educadora e gestora da empresa que faz o projeto, o meu sentimento é de dever cumprido. Hoje, nós temos um déficit enorme de bibliotecas no Brasil, os livros ainda são caros. O que eu vejo, é que o trabalho da Rede Educare propicia acesso aos livros e a leitura a comunidades que antes não tinham”, conclui.