Protagonismo do plástico no saneamento

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  • Da Redação

Publicado em 2 de março de 2021 às 05:29

- Atualizado há um ano

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada R$ 1 gasto em saneamento básico, R$ 4 são poupados na área da saúde, reforçando a estreita relação entre o acesso aos sistemas sanitários e qualidade de vida, o que leva a reflexão se investir no setor seria uma das formas mais sustentáveis de garantir o direito essencial à saúde?

Segundo o Instituto Trata Brasil, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/2018) indicam que 35 milhões de pessoas não possuem água encanada em suas casas, 53% não contam com rede de esgotos e, dos despejos que são coletados, 46% não passam por tratamento antes de alcançar praias, rios e lençóis freáticos. Além disso, quase 40% da água que é tratada é desperdiçada por falta de manutenção nas linhas de distribuição e fraudes ao sistema de abastecimento.

Com a aprovação do novo marco regulatório do saneamento, o Brasil segue caminho de avanços que extrapolam os benefícios à saúde, contribuindo com a redução das desigualdades sociais que ainda persistem, principalmente, em cidades mais afastadas dos grandes centros.

A expectativa é que o Brasil receba mais de R$ 700 bilhões em investimentos privados em obras, que permitirão que o país saia do déficit à universalização de acesso ao saneamento até 2033. Em paralelo, há a previsão de abertura de milhares de vagas de trabalho, dos canteiros de obras à operação das estações de tratamento e redes.

A presença do plástico, amplamente utilizado em sistemas de água, esgotos e em projetos de construção civil e infraestrutura, é muito importante e justificada por sua alta performance, extensa vida útil, segurança na manutenção das propriedades da água tratada e resistência contra vazamentos, dada à eficiente soldagem entre tubos e conexões. Um exemplo desse protagonismo é o PVC, que chega a ter 60% de participação nas obras de adução de água tratada, podendo superar os 75% nas linhas de distribuição de água e nas redes de esgoto.

Outra vantagem em se aplicar o plástico ao saneamento é a reciclabilidade do material. Passado seu período de utilização, ou em caso de troca das tubulações, essas resinas podem retornar à cadeia produtiva por meio da reciclagem, fechando o ciclo de consumo, fomentando a economia circular, tornando as opções mais sustentáveis e seguras ao meio ambiente.

Nesse novo passo de desenvolvimento, o Brasil demandará, de todos envolvidos, dos governantes às concessionárias, uma atuação mais voltada às pessoas, inovadora e ambientalmente responsável. Portanto, respondendo à questão inicial deste artigo, acreditamos que sim, investir na ampliação de acesso ao saneamento básico no Brasil seja uma das mais afortunadas estratégias para garantir o bem-estar de todos.

Almir Cotias é  diretor do Negócio de Vinílicos da Braskem