Próximo adversário, Inter costuma ser 'pedra no sapato' do Bahia

Neste sábado (26), tricolor tem confronto direto com o colorado pelo G6

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Se ao final do primeiro turno do Brasileirão alguém ousasse dizer que o Bahia teria problemas com os jogos em casa, certamente seria considerado pessimista. E talvez nem o maior deles imaginaria que o tricolor emendaria sequência de três jogos sem vencer após terminar a primeira metade da Série A com 70% de aproveitamento como mandante.

É este o cenário atual, em que o Bahia vem de derrota por 2x1 para o Athletico-PR, empate em 0x0 com o São Paulo e derrota por 2x1 para o Ceará nas últimas partidas realizados em Salvador.

“A sequência de resultados em casa que não pontua como gostaria não nos gera preocupação. Dos jogos que não estamos vencendo em casa, estamos vencendo fora. Dos últimos cinco fora, vencemos quatro. O fator local faz uma diferença a favor do mandante. Nesses três jogos, não tem feito. Mas tem jogos em casa que temos a possibilidade de voltar a vencer. Não me sinto pressionado e nosso time não se sente pressionado por ser em casa. O que nos pressiona é a vontade de entrar nessa posição de classificação da Libertadores e tentar fazer a manutenção dela até o final”, analisou o técnico Roger Machado, ontem à tarde, antes do treino no Fazendão.

Essa realidade momentânea pode ser quebradaneste sábado (26), quando o Bahia recebe o Internacional, às 19h, na Fonte Nova. Trata-se de confronto direto por uma vaga no G6, já que o Internacional, sexto colocado, tem apenas um ponto a mais que o Bahia, oitavo. E além da pressão pelo jejum em casa, o Bahia vai ter que superar o retrospecto contra o colorado. 

No imaginário do torcedor do Bahia, o confronto com o Inter é logo lembrado pela conquista do título de 1988, dentro do Beira-Rio. Mas apesar da façanha, o time gaúcho é uma pedra no sapato do tricolor.

Bahia e Internacional se enfrentaram 39 vezes pelo Brasileirão unificado - desde 1959. O colorado venceu 23 vezes e o Bahia levou a melhor em apenas quatro encontros. Outros 12 duelos terminaram empatados. O Inter é o time a quem o Bahia mais “deve” na história do Brasileirão.

Para se ter uma ideia, pela Série A, a última vez que o Bahia venceu o Inter foi em 2013. Naquela ocasião o tricolor derrotou o adversário nos dois turnos. 

No Rio Grande do Sul, Fernandão e Ryder marcaram os gols do triunfo por 2x1. O uruguaio Forlán descontou para o Inter. Já no duelo da Fonte Nova, Fernandão voltou a balançar as redes e, junto com Feijão, ajudou o Bahia a vencer por 2x0. 

Este ano, o Internacional levou a melhor no primeiro turno ao vencer o Esquadrão por 3x1, em jogo marcado por polêmica de arbitragem no Beira-Rio, em Porto Alegre.

Novo encontro  O jogo entre Bahia e Internacional colocará frente a frente Roger Machado e Zé Ricardo. Embora Zé tenha assumido o comando da equipe gaúcha no início desta semana, o duelo entre os dois treinadores não é inédito nesta edição da Série A. 

No primeiro turno, Zé Ricardo dirigia o Fortaleza e conseguiu arrancar um empate de 1x1 na Fonte Nova. Para Roger, esse conhecimento prévio do rival pode facilitar de alguma maneira a situação para o tricolor. 

“Imaginando a forma como o Internacional vem, eu recorro também ao enfrentamento contra o Zé no Fortaleza. Com dois ou três treinos que ele terá no Internacional, imaginando a dificuldade que nos proporcionou naquele jogo, imagino alguma coisa de estratégia. O Campeonato Brasileiro, talvez desses anos, seja o que trocou menos. Ainda tem 11 rodadas, mas acredito que, no apanhado geral, pode acabar com o menor número de trocas (de treinador). Mas cada profissional tem na sua gestão de carreira a forma como deseja administrá-la. A gente vai se encontrando no meio do caminho, por vezes em times diferentes”, afirmou.