'Quando tem uma perda, demora um pouco para adaptar', diz Gregore

Volante fala sobre a saída de Douglas Augusto e as mudanças no meio-campo do Bahia

  • Foto do(a) author(a) Daniela Leone
  • Daniela Leone

Publicado em 24 de julho de 2019 às 12:47

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

Antes da pausa para a Copa América, o Bahia parecia ter encontrado uma forma de jogar. O esquema tático com três volantes lançado pelo técnico Roger Machado na 5ª rodada na Série A deu segurança à defesa. O tricolor não sofreu gol nas três vezes em que Gregore, Elton e Douglas Augusto iniciaram em campo juntos no Brasileirão: empatou em 0x0 com São Paulo e Ceará longe de Salvador e venceu o Grêmio por 1x0 em Pituaçu. 

A quarta e última vez que o Esquadrão escalou três volantes de origem no campeonato foi na 9ª rodada, na partida derradeira antes da parada para a disputa do torneio continental. Só que naquela derrota por 3x1 para o Internacional, no Beira-Rio, Gregore estava suspenso e foi substituído por Flávio.  

Como Douglas Augusto se transferiu para o PAOK, da Grécia, o trio acabou desfeito. Na derrota por 1x0 contra o Santos, em Pituaçu, Roger Machado abriu mão do esquema tático. Naquele jogo, que marcou o recomeço do campeonato, o meio-campo tricolor foi formado por Elton e dois meias: Shaylon e Ramires, que não é volante, mas cumpre uma função tática de marcação sempre que está em campo. Faltavam quatro dias para o jogo de volta contra o Grêmio pela Copa do Brasil e Gregore foi poupado devido a cansaço muscular.

Machucado no joelho, Elton cedeu a vaga para Flávio no empate sem gols contra o Cruzeiro, na Fonte Nova, e Gregore e Ramires completaram o meio-campo. 

Principal protetor da zaga tricolor, Gregore reconhece que o time sentiu a saída de Douglas Augusto. “A gente vinha com um trio entrosado. Estávamos acostumados um com o outro. Em todo lugar, quando se tem uma perda, demora um pouco para adaptar”, pondera o volante. “Nosso entendimento é que, no futebol, apesar de ser chamado de volante, cada atleta tem sua característica. Roger conhece o grupo e vai fazer a melhor escolha para elevar a equipe de novo”, completa.

O Bahia perdeu quatro posições desde que o Brasileirão começou. Se antes da Copa América figurava entre os 10 primeiros colocados e chegou a ocupar a 5ª colocação na terceira rodada, agora o tricolor ocupa o 12° lugar, com 15 pontos. A próxima chance de reabilitação é no domingo (28), quando enfrenta a Chapecoense, às 11h, na Arena Condá, em Chapecó (SC). 

"Estamos nos cobrando bastante. Temos que recuperar os pontos que não fizemos contra o Cruzeiro. Vamos para Chapecó com esse pensamento. Sabemos o poder de reação que temos. Precisamos elevar o nível de pensamento e de concentração para buscar uma sequência de triunfos novamente”, projeta Gregore.