Que tal um coach para o Vitória?

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  • Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O ano de 2019 já passou da metade e ainda não é possível afirmar que o Vitória chega a ter propriamente um time. Mas, tentando pegar no tranco, os jogadores que vão a campo seguem em luta para evitar a terceirona.

Esta semana, no entanto, deu-se a surpresa de que, ao menos nos registros oficiais da Confederação Brasileira de Futebol, o Vitória tem dois treinadores.

Um torcedor maldoso logo esclareceu que a surpresa não vem do fato de haver os nomes de dois profissionais em vigência. O susto se configurou porque, na prática, o rubro-negro não tem nenhum treinador.

Calma, trata-se apenas de um chiste de quem não entende da psique desportiva. Sim, porque agora o problema é a “carga emocional” e a necessidade de ser “mentalmente forte”. Segue o jogo.

Pode não parecer, mas a constatação do treinador Osmar Loss - após mais uma derrota na Série B -, ninguém se engane, é muito boa para o Vitória. Se interpretada com alguma boa vontade, significa que assim que chegar na Toca do Leão um profissional para trabalhar a “força mental” do elenco, parte dos problemas estará resolvida.

Incrível como ninguém percebeu antes que o desempenho do Vitória é lastimável (desde o início do ano) por uma questão psicológica e não porque o sistema defensivo (?) é muito ruim, porque nenhum goleiro consegue ser minimamente confiável, porque os laterais não acertam nem no ataque nem na cobertura e porque o meio de campo é uma lavoura na estiagem. Nem vale mencionar o setor ofensivo, pela simples falta de aparição.

Contratado pelo presidente Paulo Carneiro – e até agora, aparentemente, ainda prestigiado -, Osmar Loss já comandou o Vitória em sete partidas, tendo atingido a impressionante marca de cinco derrotas. Isso com o intervalo da Copa América no meio, que era aquele período que os ingênuos acreditavam que serviria para dar cara de time ao que se tem testemunhado.

A Copa América se foi e, nas três partidas depois da final no Maracanã, a bolinha rubro-negra continua assim, no diminutivo.

“Mas, veja bem, é nessas horas que as pessoas devem encarar seus medos e fraquezas de frente, levantar cedo, arregaçar as mangas (no caso, calçar as chuteiras) e tirar do caminho todos os obstáculos.

Tudo aquilo que os jogadores precisam para alcançar melhores resultados já está dentro deles. Basta fazer um trabalho de autoconhecimento para botar pra fora as próprias virtudes. Nenhum fator, externo ou interno, pode servir como desculpa para que eles não executem em campo tudo que foi passado pelo ‘professor’ Osmar Loss”.

Os parágrafos aspeados acima não foram retirados de lugar nenhum. São apenas fruto de um exercício imaginativo do que um coach poderia dizer durante uma palestra (des)motivacional na concentração rubro-negra.

Sim, porque se o problema do Vitória é a “carga emocional” e a falta de “força mental”, nem adianta chamar alguém da psicologia esportiva, que os clubes sempre tiveram. Melhor embarcar logo na lábia da moda e marcar uma sessão de coaching. A água já está no pescoço mesmo. Uma cara de pau a mais, se não fizer bem, também mal não deve fazer.

Victor Uchôa é jornalista e escreve aos sábados.