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Miro Palma
Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Ao passo que você lê essa coluna, eu me preparo para dar o pontapé inicial nas minhas merecidas férias. Enquanto você passeia por essas linhas tortas, eu vou estar com um olho na edição de sábado do CORREIO e o outro no relógio esperando o fim da minha jornada de trabalho. Fim de jogo, digo, de expediente e eu vou comemorar com a torcida, que no caso é uma pessoa só que me espera em casa.>
E se férias significa descanso, estarei honrando o período descansando da prazerosa, porém cansativa, rotina de uma editoria de esporte de um jornal diário. Afinal, entramos em campo dispostos a suar a camisa, mesmo com o ar-condicionado tinindo da redação, para garantir as melhores notícias e análises esportivas para você. Então, por 30 dias eu vou esquecer de tudo isso e dar uma atenção especial a minha digníssima e aos meus familiares.>
É claro que eu não posso perder o primeiro Ba-Vi do ano, depois de amanhã. Até porque, o ano só começa mesmo depois do primeiro confronto entre os dois gigantes baianos... e depois do Carnaval, é claro. Mas como a folia momesca ainda está longe, vamos abrir passagem pra 2019 na Fonte Nova. Ela vai entender. E como não sou de ficar em cima do muro, afirmo que o Bahia é favorito para o jogo por tudo o que tem acontecido nos últimos anos. Não dá para deixar de lado, porém, a tradição do clássico e o peso de encarar um rival. Favoritismo não ganha jogo. >
E na quarta seguinte, eu tenho que ficar de olho no Baianão, porque o começo do campeonato faz toda a diferença lá na frente. E quinta tem o Bahia na Sul-Americana, agora vai. Uma semana depois o Leão encara a Copa do Brasil... É, de acordo com o meu calendário aqui, vai faltar férias para tanto jogo. Mas é aquela máxima: quem faz o que gosta, não trabalha um dia na vida. E, pelo visto, não tira férias também. Enfim, se a gente não se bater em algum estádio, vejo você em março!>
Até, Buba! Já falei por aqui que essa Editoria de Esporte do jornal CORREIO é uma seleção de craques. A pouca modéstia não é por minha conta, não que eu seja lá um camisa 9 de se jogar fora, mas digo isso, especialmente, pelos companheiros que tenho muito orgulho de ter ao meu lado. Hoje, me despeço de um deles. O repórter Bruno Queiroz – Buba para os mais íntimos e 'Brumessinho' só na cabeça dele – vai alçar novos voos e encerra sua trajetória no jornal.>
Setorista do Bahia, Bruno ficou conhecido pelo faro em descobrir as novidades. Tudo quanto foi informação que ninguém havia descoberto sobre o clube tricolor, ele revelou nessas mesmas páginas que agora você folheia. E muitos dos títulos mais descarados que essa editoria já viu, também, tiveram o dedo ou a mão inteira desse profissional.>
No entanto, para mim, sua contribuição foi muito além das páginas do jornal. Como companheiro de trabalho, Bruno é um Pelé, impecável. Ou tá mais pra um Romário, que sempre soube equilibrar a eficiência com a gozação. Não restaram risadas ou latinhas de Coca-Cola nesta redação que não foram esbanjadas por ele. Por isso, não há tristeza nessa despedida. Boa sorte, meu velho, aonde quer que caminhe, você tem sempre aqui um amigo.>
Miro Palma é subeditor de Esporte e escreve às sextas-feiras>