Record afasta repórter acusado de assédio sexual por 12 mulheres

Todas são funcionárias da emissora; ele nega e alega 'revanchismo'

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  • Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2019 às 21:30

- Atualizado há um ano

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O repórter Gérson de Souza, acusado de assediar sexualmente 12 mulheres, foi afastado pela Record. Segundo o Uol, Souza foi até a redação do Domingo Espetacular nesta sexta-feira (24), mas foi comunicado da decisão e logo foi embora. Ele permanece afastado até 10 de junho, quando entrará de férias. A Record só tomará uma decisão mais definitiva ao fim da investigação policial, seja ela a demissão ou reintegração do repórter.

Duas jornalistas procuraram a polícia na quinta (23) para denunciar Souza, afirmando que foram assediadas pelo repóter, que é um dos mais experientes da casa. Nessa sexta, outras dez mulheres fizeram denúncia formal contra ele. A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para apurar o caso. Todas as 12 são funcionárias da emissora.

Segundo os relatos, Souza importunava as colegas no trabalho. Ele roubava beijos e abordava as colegas com expressões obscenas e frases como "você é muito gostosa". Há relatos de mulheres tocadas de maneira inapropriada nos seios e cintura.

Uma vítima contou ao Uol que sofreu com o assédio. "Ele chegou por trás e me beijou na boca. Ficou mostrando a língua e saiu dizendo que roubado era mais gostoso. Foi nojento", relembra.

Acusado nega O repórter nega já ter assediado alguém e afirma que sofre revanchismo por parte de uma produtora da TV com quem discutiu. "Eu reclamei com a chefia da qualidade das pautas dela, era roteiro que não tinha o nome do entrevistado, que não tinha informações", afirmou. "Estou vendo isso como revanchismo. Tenho certeza de que ela está reagindo a uma observação que fiz sobre a qualidade do serviço dela", garante.

Ele afirma que é de uma época "em que se brincava (com mulheres)", mas que nunca fez nada que possa ser encarado como assédio. "Isso é um grande mal-entendido. Não assediei ninguém."