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Hugo Brito
Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 11:51
- Atualizado há 2 anos
Banido de diversas redes sociais o ex-presidente norte americano Donald Trump resolveu contra atacar no mais perfeito estilo "a bola é minha e só deixo vocês jogarem se eu estiver no time”, frase antológica de meninos mimados nos babas ou peladas. Trump lançou a própria rede social com um nome no mínimo intrigante… Truth Social - Rede Social da Verdade… Sem entrar no mérito do conteúdo, que se seguir o comportamento do ex-presidente vai ficar bem longe do nome dela, a rede já sinaliza como um possível futuro sucesso. Ela bateu recorde de downloads no primeiro dia em que ficou disponível na Apple Store norte americana e um problema técnico no fluxo de inscrição de usuários, não foi impeditivo para que 385 mil pessoas ficassem em uma lista de espera para entrar na rede, já no dia seguinte ao seu lançamento. Segundo os administradores da Truth Social, que funciona como uma espécie de twitter, ela chega para ser uma opção sem censura, em uma alusão às regras que impedem nas redes sociais tradicionais postagens falsas ou que incitem violência, por exemplo. Especialistas acreditam que o caminho da rede trumpista não será tão fácil assim, pelo simples motivo de que para “pegar”, uma rede social precisa de público, e para isso é necessário estar disponível para baixar nas lojas de aplicativos. Acontece que as duas maiores, Google Play e Apple Store, possuem regras rígidas quanto ao conteúdo dos aplicativos disponíveis e que, ao menor sinal de violação, retiram o acesso a eles de suas plataformas. Mas conhecendo o ex-presidente americano é óbvio que nada impede que ele crie sua própria loja de aplicativos, ou algum caminho similar, para permitir que seus seguidores tenham acesso às suas “verdades”.>
Vacina em contêineres para a Africa A BioNTech, empresa alemã que juntamente com a Pfizer produz uma das vacinas contra a COVID-19, apresentou uma forma de atacar, em médio e longo prazos, o problema de baixa vacinação na Africa, não apenas contra a COVID mas também contra doenças como Malária e Tuberculose, que têm pesquisas de novas vacinas em andamento. A empresa desenvolveu mini fábricas de vacinas de RNA Mensageiro (mRNA), tecnologia usada na produzida pela Pfizer/BioNTech, que funcionam em contêineres que podem ser enviados para qualquer lugar. Cada mini planta de fabricação ocupa 6 contêineres e uma área de 800 metros quadrados. Essas fábricas não visam resolver o problema de baixa vacinação atual, que depende mesmo de doações de outros países, mas atacar o problema futuro, já que a previsão é de que a vacinação contra a COVID venha a ser constante como a da Gripe e de outras doenças, em um processo onde a fabricação independente de cada país é a melhor saída. A previsão é de que a primeira unidade entre em funcionamento no segundo semestre desse ano e esteja apta a produzir um ano depois. Os presidentes do Senegal, Ghana e Rwanda foram apresentados a um protótipo de mini fábrica na Alemanha , em conjunto com o ministro alemão do desenvolvimento e do diretor da Organização Mundial da Saúde - OMS. Mas especialistas advertem que, embora seja uma ótima iniciativa, ela pode demorar em trazer efeitos práticos. Acontece que para que as vacinas produzidas nessas unidades possam ser efetivamente usadas é necessário que haja laboratórios de teste parceiros nos países onde forem instaladas as unidades, para que sejam cumpridos protocolos liberando cada lote fabricado. Outro ponto, este levantado pela própria OMS, é que se não houver uma liberação maciça dos dados das pesquisas das fabricantes, para facilitar o trabalho dos parceiros locais, esse processo de liberação pode se arrastar por até 3 anos, prazo que pode até inviabilizar a iniciativa.>
Seleção Robô Enviar um currículo, na busca de um emprego, já deixou há muito tempo de ser uma tarefa simples. Além de listar experiência e habilidades quem faz um currículo precisa entender que, hoje, a primeira filtragem não é humana e sim dos Sistemas de Triagem Curricular, ou simplesmente ATS. A especialista em carreiras Aline Sousa, em um artigo publicado no LinkedIn, dá várias dicas de como passar pelo crivo da seleção fria da Inteligência Artificial. Segundo ela devem ser evitadas abreviações, pois estas podem não ser “entendidas" pelos sistemas automáticos, mesmo problema para o o uso de tabelas ou para mudanças de formatação dentro do documento, que podem confundir a “leitura” feita pelos robôs. Mas mesmo com todo o cuidado nem sempre os candidatos passam para outras fases, pelo fato de haver uma programação por trás de tudo e ela é feita por humanos. No artigo a especialista em RH lembra do caso ocorrido na Amazon, em 2018, quando foi detectado que o sistema de seleção privilegiava candidatos do sexo masculino, o que demandou uma ação de reprogramação para corrigir o viés indesejado nas contratações da empresa. Ela encerra citando Lenildo Morais, colunista do MIT Technology Review que diz que “A Inteligência Artificial não é magia, é tecnologia e deve ser vista como tal. A premissa é que a IA esteja a serviço dos humanos, e não o inverso”, ou seja, os sistemas, por mais eficientes, devem ser usados como ferramentas, como facilitadores e não como ditadores ou barreiras nos processos de seleção. >