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Jairo Costa Jr.
Publicado em 11 de dezembro de 2019 às 05:10
- Atualizado há um ano
As quebras dos sigilos telefônicos realizadas pela Operação Faroeste desmentem a versão apresentada por desembargadores acusados de vender sentenças sobre as relações com o mentor do esquema de grilagem de terras centralizado no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ). Em depoimento à PF, o desembargador afastado José Olegário Monção Caldas disse que só passou a ter contato com o falso cônsul de Guiné-Bissau Adailton Maturino em 2016, quando viraram vizinhos de condomínio. Porém, foram detectadas ligações feitas antes da data para Maturino, a partir do telefone em nome da esposa de José Olegário.
Movimento nas linhas O histórico de ligações confirma ainda o vínculo de seis dos sete magistrados denunciados ontem pela PGR com operadores do esquema e “reforça a atuação criminosa em rede de todos eles”. No período sob investigação, houve troca de 5.225 chamadas entre juízes, desembargadores, o casal Adailton e Geciane Maturino e demais alvos. A PGR destaca que a conta não inclui ligações e mensagens por aplicativos como o WhatsApp.
Operações travadas Na denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a PGR acusa magistrados da Corte baiana de se articularem para monitorar e travar investigações do Ministério Público do Estado (MP) contra o esquema da Faroeste. “Percebe-se que as operações Oeste Legal e Inmobillis (desencadeadas em 2016), não obstante tivessem o propósito de investigar, a primeira, grilagem de terras no Oeste baiano, e a segunda, fraudes imobiliárias, não apresentaram qualquer tipo de resultado público até o presente momento”, afirma a PGR. A cargo do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do MP (Gaeco), a Inmobillis teve como alvos de prisão Adailton e Geciane Maturino. O falso cônsul fugiu antes da batida da polícia. Sua esposa chegou a ser detida, mas foi liberada pouco depois. Nesse período, ressaltou a PGR, houve intensa troca de telefonemas entre desembargadores hoje afastados, advogados e Maturino.
Olho no lance A ofensiva da PGR lançou luz sobre dois nomes fora da rol de denunciados. Um é o advogado Alano Frank, apontado como intermediário da venda de decisões e alvo de futuro cerco do MPF. O outro, Fábio Catão, é conhecido operador financeiro.
Nariz fechado A inauguração da primeira etapa da reforma do Aeroporto de Salvador causou ciumeira nos pernambucanos. Os vizinhos alegam que o estado foi prejudicado pelo governo federal no leilão que transferiu a concessão do Aeroporto de Guararapes, em Recife, para a espanhola Aena, que ficou obrigada a cuidar também de terminais no interior. Reclamam que, ao contrário da Aena, o grupo francês Vinci terá que investir para modernizar apenas o de Salvador.
Virada à vista Com isso, os pernambucanos acham que o aeroporto de Salvador retomará, em breve, a liderança do mercado aéreo entre as capitais da Região Nordeste com maior movimento de passageiros. Hoje, Recife ocupa o topo do ranking no setor.Eu sou uma pessoa que compartilha o pensamento da maioria. Tudo que fiz foi decidido de forma coletiva. Foi a grande maioria que tomou comigo a decisão. Vou fazer o que todo mundo quiser Nelson Leal, presidente da Assembleia, ao sinalizar que, com amplo apoio dos deputados da Casa, tentará se reeleger para o cargo