Republicanos ficará com a vaga de vice de Neto, apostam líderes da oposição

Por Jairo Costa Júnior

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Publicado em 23 de maio de 2022 às 17:20

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Na reta final para a definição da vaga de vice do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) na disputa pelo governo do estado, a imensa maioria dos líderes mais influentes da oposição tem certeza de que o posto será ocupado pelo Republicanos, partido com forte domínio sobre o eleitorado evangélico. A única dúvida, até o momento, é o nome, mas as apostas se afunilaram em torno de duas opções.

Caso Neto decida ter a companhia de uma mulher no palanque, o caminho fica aberto para a vereadora de Serrinha Edylene Ferreira, presidente licenciada da União dos Vereadores da Bahia. Tida hoje como uma das principais expoente da ala feminina do Republicanos da Bahia, Edylene agrada tanto pela projeção no interior quanto pela simpatia entre nomes influentes da oposição, como o prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Se a escolha de Neto não estiver atrelada ao gênero, aliados políticos com trânsito livre no comando de campanha do ex-prefeito acham que o deputado federal Marcelo Nilo, que recentemente trocou o PSB pelo Republicanos, reúne os atributos ideais para a dobradinha com Neto. Em uma disputa onde o PT tende a subir o tom de maneira jamais vista na corrida pelo governo baiano, Nilo traz como trunfo o perfil combativo, conhecido por ser bom de briga.

Já a convicção de que o Republicanos lidera com folga o páreo pela vaga de vice vem dos últimos arranjos feitos conjuntamente entre Neto e o prefeito Bruno Reis. Até então, o PDT rivalizava diretamente com o Republicanos, mas foi privilegiado com maior espaço no Palácio Thomé de Souza, em movimento que resultou na nomeação da ex-vereadora Andrea Mendonça para a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult).

Além de acomodar a irmã do deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente estadual do PDT, Bruno Reis nomeou Alessandro Lordello para a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). Lordello é apontado como um dos nomes que integram a tropa de aliados leais a Félix, que já havia sinalizado sua saída do páreo pela vice de Neto. 

Por relação de causa e efeito, a ampliação do espaço dos pedetistas na prefeitura indicaria um eventual acordo voltado a abrir caminho para o Republicanos na chapa majoritária oposicionista.