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Resíduos do Inconsciente na mostra Corpus et Spiritus

  • Foto do(a) author(a) Cesar Romero
  • Cesar Romero

Publicado em 19 de março de 2018 às 06:01

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Na Galeria ACBEU, no Corredor da Vitória, a mostra solo de Gilucci Augusto, nomeada Corpus et Spiritus, até 7 de Abril. O fotógrafo e artista audiovisual faz uma reflexão sobre a existência de um conjunto de corpos e aborda questões sobre a sexualidade, gênero e religiosidade. A curadoria é de Célia Aguiar e o texto de apresentação de Eder Chiodetto. A expo é composta de 28 imagens fotográficas em preto e branco, emolduradas, impressas com pigmentação mineral sobre algodão fine art, em formato 60x40.

O corpo é considerado como o organismo material, abstraído de suas funções psíquicas, um conjunto de tecidos vivos que perpetuam a espécie e a mantém viva. O espírito, uma forma de energia, que faz mover em contraste com o corpo físico.

Não é o caso, mas há cientistas que afirmam que espíritos aparecem em fotos, diante de tantas, que eles dizem chegar todos os dias. Só afirmam: tem que seguir para uma perícia especializada para não haver possíveis fraudes. A parapsicologia tem tratados que falam sobre estes fenômenos – a suposta presença de espíritos. Mas pode ser um fenômeno em que se olha uma determinada imagem disforme e o cérebro associa a algo parecido com rostos e objetos. As “fotos do além” parecem contaminar a exposição, os espectadores vêm coisas que o artista não viu, nem propôs. Hoje a psicossomática afirma que corpo e mente são interdependentes. O corpo é o inconsciente visível. Quando emite sinais, do eu e do outro. O que está exposto, visível, são fotografias de altíssima qualidade, ficando entre a figuração e a abstração, num jogo de luzes que esconde e revela.

Jogos tênues de imagens tripartidas, espelhadas ou mais diretas. Há um profundo mistério nestas imagens, segredos que não se entregam, linguagens não verbais de um mundo caótico e em revelação.

O pensamento do artista, seu olhar agudo, revela uma pesquisa imagética que se propõe a tratar dos possíveis corpos euro-indígenas-afro-brasileiros através de questionamentos como, qual tipo de corpo nos pertence e a qual nós pertencemos, que corpo é esse e de qual matéria é composto, como os corpos se apresentam aos mundos objetivos e subjetivos e quais signos e arquétipos estamos comunicando e vivendo no âmbito do inconsciente coletivo e individual.

O corpo é o relicário onde muitas vezes materializamos nossas inquietações, frustrações, alegrias, desejos e tristezas, seja da relação intrapessoal ou das diversas relações extra pessoais. É onde o inconsciente se faz vivo, brotando da escuridão transcendental de nossas vidas presentes e passadas, nossas múltiplas experiências.