Restauração florestal produtiva traz ganhos econômicos e sociais

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Publicado em 21 de julho de 2022 às 05:00

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Na restauração florestal buscamos auxiliar a natureza na recuperação da estrutura, biodiversidade e processos ecológicos de um ecossistema florestal que foi alterado ou degradado por impactos naturais e, principalmente, provocado por atividades humanas.

A restauração florestal pode ser passiva, através da regeneração natural, ou ativa, através da aplicação de técnicas de restauração. Entre as técnicas de restauração as mais utilizadas são o reflorestamento em área total com espécies nativas regionais, a nucleação com transposição de solo ou galharias ou com núcleos de mudas, a instalação de poleiros artificiais, a semeadura direta e a regeneração natural assistida.

A restauração florestal através do tradicional plantio de mudas em área total tem custo elevado, mas que pode ser reduzido e otimizado através de algumas estratégias, como o aproveitamento do potencial de regeneração natural das áreas a serem restauradas, da adoção de técnicas de nucleação, o plantio de mudas altas que exigem menos manutenções, entre outras.

Como principal resultado da restauração florestal, temos a formação rápida de uma cobertura florestal em uma área degradada. Isso implica em outros importantes resultados ecológicos, como a proteção do solo de processos erosivos, a reintrodução de espécies extintas localmente ou ameaçadas, a conservação da fauna, a recuperação da fertilidade de solos degradados e a conservação hídrica. 

Cabe destacar que na restauração florestal produtiva ganhos econômicos e sociais também são possíveis, gerando renda para produtores rurais, na qual produtos como palmito, frutos, castanhas, mel e até madeira são obtidos e comercializados nas florestas restauradas, principalmente em áreas de Reserva Legal. 

Portanto, a restauração florestal é fundamental para a sustentabilidade de atividades como mineração, produção de celulose, geração de energia e outras desenvolvidas no meio rural.

Neste contexto, o Laboratório de Restauração Florestal (LARF) da Universidade Federal de Viçosa, vem contribuindo há quase três décadas, através de parcerias com grandes empresas de mineração, celulose e energia, na restauração florestal em áreas mineradas, áreas de compensação e áreas de preservação permanente.

E este conhecimento vou compartilhar, como palestrante, no VI Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental (VI CBRA) que a Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF), o Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (CEDAGRO/ES) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizam de 3 a 5 de agosto de 2022, de forma on-line e presencial, em Salvador. 

O tema da minha palestra está em sintonia com o central do evento que será “Potencialização Florestal – Tecnologias, estratégias e experiências para uma restauração florestal sustentável”. Mais informações: http://reflorestamentoambiental.com.br.

Sebastião Venâncio Martins é professor do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa