Restaurante que barrou Jau nega racismo e diz que chapéu do cantor era inadequado

Cantor gravou vídeo denunciando crime

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  • Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2021 às 11:22

- Atualizado há um ano

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O Sette Restaurante emitiu um comunicado no fim da manhã desta sexta-feira (3) negando ter sido racista com Jau. O cantor foi impedido de entrar no estabelecimento na noite desta quinta-feira (2) por conta do "dress code".

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Na nota, publicada no Instagram, o Sette diz que "adota um código de vestimenta formal, inclusive mostrando placa afixada na porta do estabelecimento."

Jau e um acompanhante, na visão do estabelecimento, não estavam de acordo. O cantor usava um chapéu e o amigo uma bermuda. Ambos ítens proibidos no local. "Motivos estes que levaram o segurança a informá-lo da necessidade de adequação para acesso ao local", diz o restaurante.

Ainda segundo a nota, "não há impedimento legal para que bares e restaurantes privados estabeleçam seus códigos de vestimenta (ou dress code), desde que o deixem claro na entrada do estabelecimento, sites e mídias sociais, de modo que o consumidor possa ser previamente informado". Uma placa na frente do estabelecimento cita essas normas. 

O Sette Restaurante também afirmou que "abomina qualquer ato racista ou discriminatória, prezando por sua conduta democrática e inclusiva, e reforça que apenas existe um dress code para ingresso na casa."

Cantor denuncia racismo No vídeo publicado, Jau confirmou que o restaurante justificou sua "inconformidade com o local" por causa das roupas. O cantor, então, mostrou seu "indumentário" e questionou se esse realmente seria o problema.

"Com toda humildade do planeta Terra, eu acho que um cidadão vestido dessa forma pode entrar em qualquer ambiente, independentemente da cor dele. Ele vestido dessa forma só pode ser barrado no ambiente se houver algum problema racial, ou se houver algum problema de índole, ou se houver algum problema com essa pessoa, que não é meu caso. Eu sou artista da terra. Fui no restaurante Sette, fui barrado, impedido de entrar porque estava vestido assim", inicia o cantor.

"Não era a indumentária, faltava-me talvez olhos azuis e cabelos louros, não os tenho, não culpo que os tem, não os quero ter, mas preciso da minha liberdade de ir e vir e hoje o restaurante Sette foi preconceituoso comigo e minha equipe não deixando a gente adentrar ao espaço. Não é um lugar democrático, não é um lugar frequentável, é um lugar racista", denuncia Jau.