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Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2021 às 20:30
- Atualizado há 2 anos
Nem lá, nem cá. E segue o impasse: não houve acordo entre empresários e rodoviários após nova reunião de conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho - 5ª Região (TRT5) que aconteceu na tarde desta segunda-feira (31). >
O representante patronal afirmou que as empresas vivem situação financeira delicada e propôs a divisão do reajuste sugerido pelo TR5, de 7,59%, em duas vezes: parte em maio e oura em novembro.>
Em nota, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que a categoria quer o fim da compensação das horas extras pelos trabalhadores e também pleiteia pagamento dos tickets alimentação para os companheiros que estão de atestado por conta da COVID-19, além da distribuição de cestas básica por parte das empresas para os trabalhadores que estão afastados pela previdência sem receber salário.>
Apesar do impasse, os rodoviários tiveram uma vitória importante. Presidente do TR5, a desembargadora Dalila Andrade derrubou a liminar que os impedia de deflagrar greve. A desembargadora afirmou que é um direito constitucional dos trabalhadores, mas como transporte público municipal é uma atividade essencial, ficou estabelecido que uma eventual paralisação precisa seguir algumas regras.>
São elas: pelo menos 60% da frota saia nos horários de pico (5h às 8h e das 17h às 20h) e 40% nos demais horários. Em caso de descumprimento, a multa estipulada é de R$50 mil por dia.>
"A boa notícia é que foi derrubada a liminar sobre proibição do direito de greve. Garante a democracia e nosso direito constitucional. Fizemos um compromisso de não deflagrar greve enquanto houve negociações com o Tribunal. Esperamos que a gente saia do impasse e tenha uma proposta que contemple os trabalhadores", disse Helio Ferreira, presidente do Sindicato.>
Além disso, o Sindicato dos rodoviários se comprometeu a não paralisar as atividades até pelo menos sexta (4), quando será realizada uma nova audiência de tentativa de conciliação entre as partes, às 14 horas.>