Rodoviários e familiares de Paulo e Catarina Galindo pedem punição para criminosos

Casal foi morto a tiros em 2010 e, até hoje, suspeitos não foram julgados

Publicado em 28 de junho de 2019 às 13:09

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/TV Bahia

Um grupo formado por rodoviários e por parentes e amigos do casal de sindicalistas Paulo Colombiano e Catarina Galindo se reuniu na manhã desta sexta-feira (28) para protestar. Em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, eles levaram faixas e cartazes para pedir por justiça e cobravam por agilidade para que os suspeitos sejam julgados.

Paulo e Catarina, que eram vinculados ao Sindicato dos Rodoviários, foram assassinados a tiros dentro do carro do casal, no dia 29 de junho de 2010, no bairro de Brotas, quando estavam voltando para casa.

Cinco suspeitos de participação no crime respondem em liberdade. Os mandantes e os executores foram denunciados pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), mas a decisão sobre o júri foi anulada em dezembro do ano passado.  Catarina e Paulo Galindo foram assassinados em 2010 (Foto: Reprodução) Na época, por decisão unânime, três desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiram pela anulação da sentença de primeiro grau, que levava os acusados a júri popular. Com isso, o processo voltou para a primeira instância, para que seja analisado novamente pelo juiz.

A alegação da defesa foi de que o juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, que era do 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador, usou de ‘excessos de linguagem’ ao proferir a sentença.O processo voltou à primeira instância para a ‘adequação da linguagem’, mas só depois que forem apreciados todos recursos que a defesa apresentou.

Os suspeitos de serem mandantes do assassinato são os irmãos Claudemiro César Ferreira Santana e Cássio Antônio Santana, donos de uma empresa que prestava serviço ao sindicato dos rodoviários. Os dois chegaram a ficar presos por 20 dias, mas foram soltos posteriormente.

De acordo com a investigação, a autoria dos crimes já teria sido reconhecida em primeira instância e foi atribuída a Claudomiro, apontado como mandante, e a seus funcionários Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Lopes, que seriam os executores. A acusação contesta a exclusão de responsabilidade de um outro acusado, o irmão, o médico Cássio Antônio.

A prinicpal suspeita da motivação do crime é que Paulo, que era o responsável financeiro do sindicato, teria descoberto irregularidades no contrato do plano de saúde do sindicato.

Entenda o caso O casal chegava em casa, em Brotas, quando foi surpreendido por dois homens em uma moto. Colombiano foi alvejado sete vezes, e Catarina foi atingida com um tiro. 

Na época, Paulo Colombiano era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários e, segundo o MP-BA, foi morto após uma investigação sobre irregularidades no pagamento do plano de saúde do sindicato, o MasterMed, empresa do PM aposentado Claudomiro Cesar Ferreira Santana e do médico Cássio Antônio Ferreira, seu irmõ. Paulo e Catarina foram mortos em 2010.