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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2022 às 21:11
- Atualizado há 2 anos
Os ônibus de Salvador ficarão até mais tarde nas garagens nesta terça-feira (11). Segundo o Sindicato dos Rodoviários da Bahia, por conta de uma mobilização da categoria, que será iniciada ainda na madrugada, os coletivos só passarão a circular a partir das 8h. Por conta disso, a Prefeitura de Salvador preparou um esquema especial com a frota do Sistema Complementar para circular nos principais trechos afetados pelo atraso na saída dos ônibus das garagens.>
"Foi confirmado pelo presidente Fábio Primo que os ônibus só vão sair a partir de 8 horas da manhã", afirmou o representante dos trabalhadores do antigo CSN, Jutahy Andrade, acrescentando que há uma manifestação foi programada para às 10h, em frente ao Shopping da Bahia.>
Em vídeo publicado nas redes sociais, Primo fez a convocação para que a categoria se mobilize e se junte à manifestação a partir da madruga desta terça. >
Em nota, a Secretaria de Mobilidade (Semob) informou que agentes do órgão acompanharão as saídas dos primeiros ônibus das garagens das empresas buscando garantir o atendimento dos usuários do transporte coletivo.>
Em caso de atraso na saída dos veículos, a pasta declarou que destinará os ônibus do Sistema Complementar (Amarelinhos) para atender os principais corredores de tráfego, direcionando a demanda para as estações atendidas pelo metrô. >
"A atuação dos complementares será mantida até que a paralisação seja finalizada e a operação regular volte à normalidade. A Semob orienta aos usuários que, se puderem, optem por meios alternativos de transporte, a fim de evitar longas esperas nos pontos e a superlotação dos ônibus complementares", disse.>
Protestos de ex-funcionários da CSN>
Ex-funcionários do extinto Consórcio Salvador Norte (CSN), que operava o transporte público da capital baiana até março de 2021, já realizaram uma manifestação em março deste ano. Depois que o prefeito Bruno Reis rescindiu o contrato com o CSN, que era responsável pelos ônibus na região da orla de Salvador e no bairro de Mussurunga, a Prefeitura fechou um acordo com a empresa para quitar a dívida trabalhista. No dia 22 de março, os rodoviários foram às ruas para alegar que esse acordo ainda não foi cumprido. >
Dois meses depois este protesto, o prefeito Bruno Reis garantiu o pagamento dos benefícios em um prazo de até 60 dias. O gestor garantiu que a verba de R$ 12 milhões já está separada para resolver essa questão.>
Segundo Bruno Reis, o dinheiro foi levantado com a venda dos terrenos do CSN. "Desde quando os 800 funcionários não foram contratados pelas empresas atuais [OTTrans e Plataforma], nós estamos doando uma cesta básica por mês para eles. Eles não estavam conseguindo seguro desemprego, a prefeitura fez uma intervenção para que eles conseguissem e agora estão recebendo o seguro. A prefeitura pagou R$ 20 milhões para indenizar os 1100 trabalhadores primeiro, e esses 800 que tinham que ser indenizados, nós vendemos os terrenos para que isso acontecesse", explicou o prefeito. >
Segundo Bruno, existe uma burocracia para que os trabalhadores recebam a indenização. O prefeito também expôs a dívida do CSN que ele conseguiu conversar com o banco e reduzir mais da metade para que o dinheiro fosse destinado para os trabalhadores. A empresa precisava pagar multas que totalizam mais de R$ 18 milhões, mas agora o valor caiu para R$ 8 milhões. "Os terrenos foram vendidos por R$ 20 milhões, só sobraria R$ 2 milhões depois que a empresa pagasse as dívidas. O prefeito foi no banco, conversou e conseguiu reduzir para que sobrasse os R$ 12 milhões necessários da indenização", finalizou. >