Roger quer lateral esquerdo com maior poder ofensivo em 2020

Atualmente o Bahia conta com Moisés e Giovanni na posição

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 26 de dezembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Matheus Reis, Armero e Juninho Capixaba. Léo e Paulinho. Moisés e Giovanni. Esses foram os jogadores encarregados de ocupar a lateral esquerda do Bahia desde que o tricolor voltou a jogar na Série A do Campeonato Brasileiro, em 2017. Neste ano, o setor se tornou uma dor de cabeça para Roger Machado, técnico tricolor: titular da posição, Moisés terminou a temporada em baixa e o comandante não tinha nenhuma outra opção porque Giovanni, reserva que também não havia feito boas apresentações, sofreu uma lesão no tendão de Aquiles em novembro e desfalcou o time nas últimas sete rodadas.

Por esse, mas também por outro motivo, o Bahia está à procura de um lateral esquerdo. É que Roger não esconde de ninguém sua predileção pelo chamado jogo apoiado.

Para o torcedor menos ligado no tatiquês, jogo apoiado é basicamente uma reunião de vários conceitos do futebol ofensivo na modernidade. Engloba o tiki-taka, triangulações e, dessa forma, oferece mais opções de jogada para o atleta que está com a bola. Esse conceito exige muito treinamento e qualidade com e sem a bola nos pés. É um estilo de jogo que preza muito pela movimentação, “tocar e sair”, ocupar espaços vazios e todos esses jargões comuns atualmente no futebol. 

Os laterais têm papel essencial nesse modelo de jogar futebol: seja para dar opção de tabela aos pontas, “alargar” o campo, cruzar a bola na área para os atacantes e, vez ou outra, aparecer dentro da área para finalizar. No Bahia, Nino Paraíba e João Pedro, na direita, reúnem essas características, cada um a seu modo. O primeiro, inclusive, marcou todos os seus três gols na temporada após a chegada do treinador gaúcho.

No entanto, o mesmo não acontece do lado esquerdo, e por isso o técnico do Bahia deseja um lateral mais construtor do que destruidor para 2020. 

A tendência é que Moisés acabe na reserva – ou seja negociado, se houver proposta. Já seu atual suplente, Giovanni, não terá o contrato renovado. Ele tem vínculo com o clube até maio. Giovanni não terá o contrato renovado e vai deixar o Bahia em maio (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) O titular

Moisés teve 30% dos direitos econômicos comprados pelo Bahia junto ao Corinthians no início do ano e assinou contrato até dezembro de 2021. 

Ele foi um dos pilares defensivos do time durante boa parte da temporada, antes de entrar em má fase – assim como outros jogadores do elenco – no segundo turno do Brasileirão e cometer falhas que resultaram em gols dos adversários. Moisés terminou o ano em baixa (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia) No total, o lateral disputou 55 partidas pelo tricolor no ano, sendo 30 no Campeonato Brasileiro. Marcou dois gols, ambos no Baiano.

Na Série A, Moisés deu duas assistências para gol e terminou o ano como o terceiro que mais desarmou no elenco. Foram 72 desarmes certos, atrás dos volantes Gregore (102) e Flávio (79). 

O mesmo trio liderou o ranking de mais faltosos do tricolor na temporada. Segundo o site Footstats, Moisés, com 53, só não cometeu mais faltas do que o líder Gregore (123) e do segundo colocado Flávio, que fez 59 infrações nos 28 jogos que disputou pelo Bahia no Brasileiro.

*com supervisão do editor Herbem Gramacho