Roger se diz satisfeito com Bahia, mas pede paciência da torcida

Técnico lembra que tricolor pode voltar a atuar mal, como nas últimas partidas

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  • Vitor Villar

Publicado em 4 de agosto de 2019 às 19:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor / CORREIO

Diante do Flamengo neste domingo (4), o Bahia mostrou o que tem de melhor na sua versão sob o comando de Roger Machado: defesa sólida, eficiência no erro do adversário, velocidade e contra-ataque fatal.

Natural que o comandante estivesse só sorrisos na entrevista coletiva após a partida, certo? Mais ou menos. “Hoje meu time foi [nota] 9. Quero deixar uma margem para que evolua ainda”, resumiu.

Roger explicou a sua visão: “Quem entrou foi bem, quem saiu jogando também. É muito raro você ter uma atuação coletiva onde todos os jogadores atuam com alto nível. Com certeza alguns dirão que o Flamengo não jogou no seu nível de jogo, mas vamos valorizar o Bahia”.

Sem pressão O resultado, ainda mais do jeito que veio, é uma excelente notícia para o comandante. Roger vinha sendo pressionado pela queda de rendimento do tricolor após a pausa para a Copa América, sem vencer há sete jogos.

O técnico disse que a pressão é natural: “Eu vejo o futebol dessa forma. O que nos diferencia na profissão é o quanto de carga você consegue carregar e manter a naturalidade. Olhar para a frente e não se abater, continuar com a autoestima aliviada”.

“Nosso trabalho durante a semana foi focado nisso. Teve muito treino tático e técnico, mas principalmente tentamos deixar o ambiente leve. Às vezes a gente fecha o treino justamente porque, por vezes, uma risada mais alta no treino pode ser entendida como descompromisso. É divulgado isso e batido em cima disso. Mas internamente temos que manter o ambiente saudável”, completou.

O Bahia terá um desafio difícil na rodada seguinte. Se quiser dar sequência ao bom momento a equipe terá que vencer o Palmeiras, no domingo (11), às 16h, em São Paulo.

Roger acredita que a confiança adquirida ao vencer o Flamengo vai ajudar: “Confiança sempre vai existir depois de jogos como esse, difíceis e com a atuação que tivemos. Mas é importante saber que os momentos [ruins] acontecem, e este não vai ser o último. Chegarão outros momentos em que o time vai oscilar”, comentou.

Sobre mudanças Uma surpresa do duelo com o Flamengo foi a escalação do lateral esquerdo Giovanni no meio-campo, como volante.

Na entrevista coletiva, Roger explicou a opção por ele. “Giovanni é um jogador polivalente, que faz duas ou três funções. Sempre tive guardado na memória as vezes em que ele jogou na frente. Ele sabe, no tempo certo, assim como Flávio, atacar em profundidade. Não foi uma invenção. Só um reposicionamento de atleta que tem familiaridade com o setor”.

Por fim, o técnico disse que não vai punir Fernandão pela expulsão: “No vestiário, ele me disse que não falou palavrão ao árbitro, e eu acredito no atleta. Se provar o contrário, podemos rever. Nos treinos, Fernandão nunca reagiu de forma mais agressiva com o seu colega”.