Rui Costa comenta caso Atakarejo e avisa: 'não vou permitir milícia na Bahia'

Governador pediu investigação rigorosa no caso que deixou tio e sobrinho mortos após furto de carne

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  • Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2021 às 16:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Durante visita às futuras instalações de um complexo que abrigará três unidades da Polícia Civil, o governador Rui Costa comentou o caso Atakarejo, que completa um mês nesta quarta-feira (26). “O meu pedido é que avaliem com absoluto rigor, esse e todos os casos que possam se tratar de atuação de milícia ou de grupo armado para praticar violência”, disse ele, na manhã desta segunda-feira (24), no antigo prédio da Ebal, no Vale do Ogunjá.  No dia 26 de abril, Yan Barros e Bruno Barros foram brutalmente assassinados, após terem sido entregues a traficantes no Nordeste de Amaralina por seguranças de uma das unidades do Atakarejo localizada na região. “Não existe boa ou má violência. Tudo é violência. E isso, na Bahia, eu não vou permitir. Na hipótese de isso estar acontecendo, eu reitero ao secretário e aos órgãos competentes o máximo rigor. Não vou permitir que a Bahia tenha milícia, como existem ou outros lugares no Brasil”, declarou Rui.  O governador disse ainda ter se revoltado ao tomar conhecimento do caso. “Não é razoável que criança ou adolescente ou qualquer outra pessoa seja entregue a traficantes para serem assassinados como aconteceu numa loja e que isso esteja pouco provável que esteja restrito a uma só loja e sim deve-se fazer parte de uma estratégia do empreendimento”, declarou. Investigações Presente na visita do governador ao imóvel que vai receber as novas sedes dos Departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), além do Centro de Documentação e Estatística Policial (Cdep), o secretário de segurança pública Ricardo Mandarino falou sobre as investigações no caso Atakarejo.  “O caso Atacakarejo está sendo investigado a fundo e nós vamos ter respostas positivas. Eu, agora, não posso dizer a linha de investigação que a gente está usando, mas a gente vai chegar muito bem, muito, muito alto. Podem estar certos disso. Não posso falar detalhes  para não atrapalhar. Não é um caso esquecido, não, está a todo vapor”, disse o secretário.