Saiba quais jogadores do sub-23 devem ser aproveitados pelo Bahia

Após fim da equipe de aspirantes, alguns atletas vão ser incorporados ao principal

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 23 de abril de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Os próximos dias no Bahia serão de definições. Sem jogos ou atividades há mais de um mês por conta da pandemia do novo coronavírus, e com a incerteza sobre o futuro do futebol no país, o tricolor tomou a dura decisão de interromper o projeto do time de aspirantes, iniciado há três anos.

Sob o comando de Dado Cavalcanti, também desligado do clube, a equipe liderava o Campeonato Baiano e estava invicto na temporada. Mas, com o fim do projeto, o momento agora é de definir o futuro dos 27 atletas que compõem o grupo. O único que já tem caminho certo é o atacante Régis Tosatti, que voltou para a Chapecoense.

De acordo com o diretor de futebol do Bahia, Diego Cerri, a ideia do tricolor é aproveitar no time principal alguns dos destaques da equipe de aspirantes. Outros vão ser emprestados ou não terão os contratos renovados.

“Fomos obrigados a dar um passo atrás e agora vamos criar toda uma lógica de integração de atletas que estavam se destacando nesse projeto para passarem para o time A junto com o Roger Machado (técnico). Alguns atletas nós vamos emprestar para ganhar maturidade, outros que estão com contrato no fim vão deixar o clube”, disse.

O Bahia ainda não divulgou a lista de jogadores que vão ser aproveitados na sequência da temporada, mas, analisando o desempenho dos atletas e as carências do time principal, é possível traçar um panorama de quem deve ser integrado ao elenco.

Jogadores que mais atuaram no Campeonato Baiano, o zagueiro Ignácio, os laterais Lepo e Mayk, os volantes Edson e Ramon, o meia Arthur Rezende e os atacantes Gustavo e Saldanha levam vantagem por terem se destacado na equipe. Pesa a favor deles também a experiência.

Enquanto Edson e Ignácio já tiverem a oportunidade de fazer parte do time principal, jogadores como Arthur Rezende e Ramon chegaram ao clube com o peso de terem disputado a Série B do Brasileirão no ano passado. Arthur é o líder de assistências no sub-23, com dois passes para gol. Já Ramon é o artilheiro do time, com dois tentos anotados.

Outros atletas como o zagueiro Fábio Alemão, o volante Yuri, o meia Caio Mello e os atacantes Alesson, Fessin e Caíque, que possuem contrato com o Esquadrão, também podem ser integrados ao time de cima, mas não será surpresa se eles forem repassados para outras equipes.

No gol, a dúvida é entre Matheus Claus e Fernando. Os dois têm contrato encerrando no final do mês, porém apenas um deve ser aproveitado como terceiro goleiro no time de Roger. Atualmente, a equipe principal conta só com Anderson e Douglas.

Pouco tempo

Nem todos os atletas tiveram a mesma chance de mostrar o seu potencial com a camisa tricolor. Jogadores como o goleiro Matheus Teixeira, o lateral Matheus Bahia, o zagueiro Jaques, o volante Paulinho e o meia Vinícius Garcia sequer chegaram a entrar em campo. Como não possuem mais idade de base, eles não devem permanecer no clube. O mesmo caminho devem seguir o lateral Lucas Rodrigues, o zagueiro Anderson, o volante Luciano Buiú, o meia Cristiano e o atacante Gabriel Esteves.

De acordo com o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, com o fim do time sub-23, a ideia do tricolor é montar uma equipe principal robusta, com mais opções. A explicação para isso é o possível calendário que o clube vai ter no segundo semestre. A tendência é de que o Campeonato Brasileiro seja espremido com competições como o Campeonato Baiano, a Copa do Nordeste e a Sul-Americana.

“A gente está desfazendo um projeto de ter um time A e B. Os jogadores que nos interessam serão integrados ao time A. No segundo semestre, a tendência são três jogos por semana, então vamos precisar de elenco para sofrer menos com a parte física. Uma parte do time de transição será aproveitada”, explicou Bellintani durante entrevista ao site Bahia Notícias.

Além disso, pesa para o tricolor também o aspecto econômico. Com a queda de receitas, dificilmente o clube irá ao mercado em busca de grandes contratações para o restante da temporada.