Salvador tem a 4ª maior alta do país na inflação de setembro

IPCA ficou em 0,24% em Salvador, enquanto a média nacional desacelerou de 0,19% em agosto para 0,16% em setembro

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  • Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 19:44

- Atualizado há um ano

. Crédito: Cesar Brustolin/SMCS

Enquanto a inflação do país pisa no freio, desacelerando de 0,19% em agosto para 0,16% em setembro, a capital baiana teve a quarta maior alta entre as regiões pesquisadas pelo IBGE, junto com Belo Horizonte que também apresentou variação de 0,24%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Salvador e Região Metropolitana, a alta no IPCA foi puxada, principalmente, pelos transportes (1,27%) e pela habitação (1,15%). Por outro lado, o segmento de alimentação e bebidas apresentou variação negativa de 1,09% em setembro. Os principais preços que tiveram alta na região foram gasolina (4,90%), energia elétrica (4,00%), passagens aéreas (15,69%) e botijão de gás (2,80%). Os produtos com queda na variação de agosto para setembro foram feijão carioca (-19,69%), tomate (-25,64), pão francês (-3,52), feijão mulatinho (-18,56) e automóvel novo (-0,66%). A média nacional da inflação teve variação acumulada de 1,78% nos primeiros nove meses do ano, bem abaixo dos 5,51% registrados em igual período de 2016. Esta é a menor taxa acumulada setembro desde 1998, quando registrou-se 1,42%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 2,54%, resultado superior aos 2,46% registrados nos 12 meses anteriores. No entanto, o índice está bem abaixo da meta fixada pelo Banco Central, de 4,5%. Em setembro de 2016, o IPCA havia registrado variação de 0,08% no mês. Em setembro, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente alimentação e bebidas (-0,41%) e habitação (-0,12%) apresentaram deflação. Nos grupos com alta de preços destacam-se transportes, com 0,79% de variação. A alta dos combustíveis, de 1,91% no mês, impediu uma queda ainda maior no IPCA de setembro. O litro da gasolina subiu 2,22% em relação ao mês anterior. A subida é decorrente da nova política de reajuste de preços dos combustíveis, quase que diário, implementado pela Petrobras nos últimos meses. A empresa tem acompanhando a volatilidade dos preços no mercado externo. A avaliação do IBGE é de que a safra recorde verificada no primeiro semestre do ano vem sendo determinante para a queda nos preços dos alimentos. Com deflação de 0,41%, de agosto para setembro, o grupo registrou queda pelo quinto mês consecutivo, embora neste mês tenha sido menos intensa que a registrada em agosto (-1,07%). Os alimentos para consumo em casa passaram de -1,84% em agosto para -0,74% em setembro, sob influência de itens importantes no consumo das famílias como as carnes (que passaram de -1,75% em agosto para 1,25% em setembro) e as frutas (de -2,57% em agosto para 1,74% em setembro). Por região, a maior alta do país foi registrada na Região Metropolitana de Vitória, com 0,54% de elevação. Também fecharam com taxas maiores do que a média nacional Belém e Campo Grande, ambas com 0,33%; Brasília (0,22%) e São Paulo (0,19%). A Região Metropolitana de Fortaleza fechou com inflação de 0,16%, igual, portanto à média nacional, e outras cinco fecharam setembro com taxas abaixo da média: Curitiba (0,14%), Rio de Janeiro (0,13%), Porto Alegre (0,07%), Goiânia (0,04%) e a Região Metropolitana de Recife, a única a fechar com deflação (-0,26%).