Salvador tem perda de vacina contra febre amarela abaixo do esperado

Número é menos da metade do previsto pela Prefeitura, que comemora resultado

  • Foto do(a) author(a) Carol Aquino
  • Carol Aquino

Publicado em 10 de abril de 2017 às 12:03

- Atualizado há um ano

A capital baiana tem uma média de perda de vacina da febre amarela de cerca de 5%, abaixo do esperado pela Prefeitura, que é de 10 a 20%. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As perdas acontecem porque o imunizante, após preparado, tem que ser aplicado em um prazo de até seis horas.A vacina de febre amarela é distribuída em sacos liofilizantes (com a vacina em pó) e em um frasco líquido. A mistura é feita dentro do posto, o que se chama de reconstituição da vacina, rende dez doses e deve ser usada em até seis horas. Após esse prazo, as doses que sobraram devem ser descartadas. “Se eu abro um frasco às 8h da manhã, eu tenho que aplicar aquelas dez doses até às 14h. O que sobrar no frasco eu tenho que desprezar o que tiver”, explicou Doiane Lemos, subcoordenadora de imunização da SMS. Segundo ela, o risco de perda é o que leva o município a ter muito cuidado em relação aos locais e ao número de postos de vacinação em que o imunizante será oferecido. “Se eu coloco num posto que não tem muita procura, ele pode ter uma perda”, explica. Vacinação Atualmente, a vacinação contra a febre amarela é oferecida em 54 postos de saúde em Salvador. Até o fim desta semana, o número irá aumentar para 56. Segundo Doiane Lemos, futuros aumentos ou diminuições do número de postos de imunização vai depender da demanda da população. No último sábado (8), a Prefeitura fez uma ação em massa oferecendo a vacina em 65 postos. Doiane estima que cerca de dez mil pessoas foram imunizadas nesta ação. A maior quantidade de vacinas foi aplicada em postos tradicionais, como o 5º Centro, nos Barris, além dos postos do Nordeste de Amaralina e da Rua Carlos Gomes. Macacos Até o momento, 66 macacos com suspeita de febre amarela foram capturados em Salvador e tiveram amostras enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen). Destes, seis tiveram o diagnóstico confirmado para febre amarela e três casos foram descartados.