Santa Bárbara: confira a programação que abre o ciclo de festas populares da BA

Programação tem missa e também música

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 08:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arquivo CORREIO

Na quarta-feira (4), a partir das 5h, todos os caminhos vão levar às ladeiras e largos do Pelourinho, em Salvador, quando milhares de baianos e turistas se encontrarão para celebrar um dos eventos mais populares do estado, a Festa de Santa Bárbara, Patrimônio imaterial da Bahia.

No dia dedicado à Santa os devotos farão uma alvorada festiva às 5h, seguida de repique de sinos às 6h. A Missa campal será às 8h, presidida pelo capelão, padre Jonathan de Jesus da Silva. Logo após a Celebração Eucarística acontecerá uma procissão, que sairá da Igreja do Rosário dos Pretos, passará pelas ruas Gregório de Mattos, João de Deus, Terreiro de Jesus, Praça da Sé e Ladeira da Praça. Ao chegar ao Corpo de Bombeiros (Barroquinha), os devotos farão uma parada para homenagear a padroeira da corporação e, logo após, seguirão para a Baixa dos Sapateiros, Rua Padre Agostinho e Pelourinho.

As homenagens também acontecerão na Igreja Santíssimo Sacramento da Rua do Passo, no Centro Histórico. No dia 3 de dezembro, às 15h30, quem desejar saber mais sobre Santa Bárbara poderá participar do colóquio “Origem e expansão da Festa de Santa Bárbara no Centro Histórico de Salvador: fé e tradição religiosa”, que será conduzido pela historiadora e membro do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), professora Lúcia Góes. Em seguida, por volta das 17h será celebrada a Missa.   

A programação é realizada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em parceria com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e o Centro de Culturas Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (CCPI/SecultBA),

Na concentração para o cortejo, no Largo do Pelourinho, será celebrada a Missa Campal, antes dos fiéis continuarem sua caminhada em direção ao 1º Grupamento de Bombeiros Militar, na Barroquinha. Os clarins de Mestre Grimaldo, na sacada do CCPI, saúdam Santa Bárbara durante a cerimônia religiosa.

 No turno da tarde, como também é tradição, a programação é seguida por apresentações musicais, que vão até a noite. No Largo do Pelourinho, vão saudar Santa Bárbara o cantor Jorginho Comancheiro, às 15h30, as bandas Tambores e Cores e Samba de Oyá, às 16h e às 19h30, respectivamente, e para encerrar a programação, Gal do Beco, às 20h. O Largo Pedro Archanjo recebe o grupo Pagode da Urna, às 13h, Adonay e Grupo Samba Paraguaçu, às 15h, e o samba do Burungudum, às 17h. Os blocos Samba Fogueirão e Samba Jaké comandam a festa no Largo Tereza Batista, a partir das 16h, com participações de Alan Dudu e Neivaldo do Tchaco. Já o Largo Quincas Berro d’Água recebe o Samba de Nego às 14h e também o ensaio do Bloco Afro Ókánbi, às 17h30. Todos os eventos têm entrada gratuita.  

A Santa é reconhecida por proteger seus devotos durante as grandes tempestades. No Candomblé é sincretizada com Iansã. O dia 04 de dezembro é a data simbólica para que os devotos se reúnam e rendam homenagens. Antes, a imagem de Santa Bárbara ficava no Morgado de Santa Bárbara, no pé da Ladeira da Montanha. Depois do incêndio, ela foi transferida para a Igreja do Corpo Santo. Hoje, ela está na Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho, e de lá que saem os cortejos. Na tradição católica, um trovão soou e um relâmpago caiu na hora da sua morte. Padroeira dos bombeiros e dos mercados, que costumam distribuir carurus nesta data, a celebração a Santa Bárbara é feita há mais de 300 anos, sendo uma manifestação predominantemente popular. Para as religiões afro-brasileiras, Iansã é um dos mais conhecidos orixás. Também chamada de Oyá, é a deusa do Rio Níger, um dos maiores da África. Iansã costuma ser saudada pelos trovões.